A classe política brasileira é desvalorizada. Em grande parte pela  própria atuação de alguns políticos que fazem parte dela. Em países de  primeiro mundo a classe política é bastante valorizada, tida como cargos  honrosos ocupados por agentes da honra que representam bem os seus  eleitores.

Nos Estados Unidos, ter um filho senador é o sonho da  maioria das famílias americanas. Não é qualquer um que consegue ser um  representante político. Obrigatoriamente deve ser uma pessoa bem  informada e capacitada, com a ficha limpa e um grande histórico de ações  em prol de suas comunidades. O exemplo disto é o próprio presidente  norte-americano Barack Obama, que só se candidatou ao Senado estadual  quando já era conhecido como um advogado que atuava gratuitamente em  prol da população carente de Chicago

O que precisamos, então,  fazer para termos uma representação política à altura dos políticos dos  países desenvolvidos? O que precisamos fazer para que a classe política  seja reconhecida e honrada? Aqui vão algumas sugestões.

Primeiro,  realizar uma reforma política eficiente que combata os males  eleitorais, como a compra de sufrágio e as contribuições “não  contabilizadas”. Que preserve o político idealista e que extermine da  vida pública os políticos oportunistas. Que impeça gananciosos de  chegarem ao poder, fazendo dele uma forma rentável de ganhar dinheiro, e  dê espaço para aqueles que querem estar na política por valores e  crenças imutáveis. Pessoas que não estarão na política por dinheiro.

Proibir  a candidatura de pessoas que tenham sido condenados pela Justiça, mesmo  que estas tenham recorrido. Enquanto estiverem com “pendências” com a  Justiça, que esperem suas situações serem regularizadas para voltarem a  disputar um mandato. E que os políticos que tenham feito algo errado,  que tenham feito de seus mandatos um instrumento da criminalidade, que  sejam presos, condenados e expulsos definitivamente da vida pública. Que  o Brasil diga um basta à impunidade e um viva à justiça.

Que a  imprensa comece a divulgar os bons projetos e as boas ações de cada bom  político nesta nação. Só a esperança renovada no coração da população  brasileira poderá preservar o espírito público em cada brasileiro.  Existem bons políticos e o povo precisa conhecê-los. Homens e mulheres  assim devem ser preservados na vida pública.

Por último, que haja  uma conscientização da população para que não trate o seu voto como  instrumento de troca. Que não troque por dinheiro e nem por pequenos  favores. Certa vez, pedindo voto para uma pessoa na rua, ela, talvez  descrente com a situação ou mal-intencionada, me disse “Só voto em você  se me der algo em troca. Não ajudo ninguém sem dinheiro.” Olhei para ela  e disse sem hesitar: “Decore meu nome; vou ganhar a eleição sem o seu  voto e nunca mais vote em mim, pois voto assim eu não quero!”

Não  sou moralista, mas tenho moral. E quero, junto com outros homens e  mulheres que podem até pensar sobre política diferente de mim, mas que  tenham os mesmo princípios transformadores que a nossa nação precisa,  construir uma política brasileira bem melhor.

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