Rostos cansados ​​enchem os bancos da igreja em um porão da Jordânia. Talvez isso não seja surpreendente, já que boa parte dessa congregação seja de refugiados, que fugiram do Iraque. Esta igreja, na pequena cidade de Ma’in, cuida de 100 famílias iraquianas, bem como muitas pessoas da região. Além disso fornecem apoio prático e pastoral para cerca de 350 famílias sírias.

O casal que lidera este trabalho é o pastor Amjad e sua esposa Sanaa. Voluntários da Sociedade Bíblica, eles fornecem aconselhamento contra traumas baseado na Bíblia para adultos e crianças. Eles também distribuem comida, camas, fogões, fraldas, Bíblias e ventiladores. Eles estão trabalhando arduamente para proclamar Cristo. Portanto, não é de admirar que a igreja esteja cheia.

Sanaa é natural da Síria, então, quando as pessoas começaram a fugir de sua terra natal, ela queria ajudar. Agora, o casal trabalha com refugiados em nome da Sociedade Bíblica há sete anos.

“Ficamos chocados quando a guerra começou na Síria”, diz Sanaa. “Durante a guerra, senti que deveria estar com minha família na Síria. Então eu percebi que Deus me trouxe para o Jordão para esse tempo, para o trabalho na Síria. Ele me deu a sensação de ser como uma mãe para crianças da Síria. Elas foram torturadas. Eles foram espancadas e traumatizadas. Eles estavam com medo e tiveram problemas psicológicos. Mas agradecemos a Deus, por causa de seu amor, podemos dar-lhes amor”, disse ela.
Crianças diferentes

Ela começou a ensinar as crianças árabe, inglês e histórias bíblicas. “As crianças começaram a mudar”, diz ela. “Os pais me perguntaram: ‘O que você faz? As crianças mudaram. Agora estão mais calmas’. Eu disse aos pais: ‘Este não é o meu trabalho. É o trabalho de Deus’. Esse foi um ponto que mudou nossas vidas. Os pais também começaram a vir à igreja. Tivemos problemas reais com as crianças. Eu disse a suas mães como elas poderiam acalmar seus filhos e cuidar da saúde e de seus problemas psicológicos”, ressaltou.

“Agradecemos a Deus por essas coisas, por elas não perdem as vidas. Está sendo um projeto frutífero para as famílias e seus filhos e o programa ainda continua. Eu ainda ensino as crianças e sempre falo mais e mais sobre o amor de Jesus. Quando eles vão para outro país, dou-lhes uma benção”, pontuou.

Após sete anos de de trabalho eles refletem sobre o que tem acontecido. Pastor Amjad recebeu um diagnóstico de câncer há 17 anos, mas ele continua trabalhando sete dias por semana. “Meu corpo está tão cansado”, diz ele. “Há muita pressão por causa dos refugiados. Estou pensando que gostaria de me aposentar no próximo ano. Isso se tornou um fardo para minha saúde e minha família, mas sinto que Deus me encoraja a fazer esse trabalho”, finalizou.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY

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