Deputados da Frente Parlamentar Evangélica apoiaram o projeto que foi aprovado pela Comissão de Relações Exteriores, mas ainda precisa ser analisado pela CCJ.

A Comissão de Relações Exteriores aprovou projeto (PL 669/15) do deputado licenciado William Woo (PV-SP) que aumenta de um para dois anos o prazo de validade do visto concedido pelo país a missionários religiosos estrangeiros.

A medida, que altera o Estatuto do Estrangeiro, recebeu apoio do relator, o deputado mineiro Eros Biondini, do PTB. Ele acredita que os missionários vão ser beneficiados com o novo prazo de dois anos para renovar o visto:

“Quanto mais dermos condições para a permanência deles, quem ganha é a população, quem ganha são aqueles que mais necessitam. Por exemplo, na Ilha de Marajó, estive lá agora, acompanhei religiosos e missionários que, de uma maneira abnegada, se doam dia e noite em favor das crianças e dos jovens, lutando por maior igualdade, lutando por educação. E só de barco de deslocamento da Ilha de Marajó para Belém, muitas vezes, são oito ou dez horas de viagem.”

O deputado Lincoln Portela, do PR de Minas Gerais, da Frente Parlamentar Evangélica, também defende a medida:

“Porque o Brasil recebe com isso, no caso dos médicos cubanos, o Brasil paga para ter médicos cubanos. Esses grupos [missionários] enviam médicos para cá, enfermeiros, técnicos de enfermagem, professores, profissionais, ambientalistas, em tantas outras áreas, e não cobram do Brasil, e dão a sua parcela de colaboração.”

Israel Intagliate é missionário italiano da Igreja Assembleia de Deus. Ele desenvolve projetos de orientação espiritual e de assistência a pessoas carentes. Para ele, maior prazo para renovar o visto é fundamental:

“É uma coisa maravilhosa, porque, agora, temos mais tempo para a prorrogação do visto e, tendo mais tempo, também, para desenvolver nosso trabalho missionário de maneira mais confortável. E também podemos focar mais, pensando somente nesse objetivo, pelo qual Deus nos chamou: aquele de ajudar às pessoas, aquele de responder às necessidades da pessoa, porque aqui no Brasil tem muita necessidade, um povo muito carinhoso, um povo que precisa muito.”

O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça.

Fonte: Agência Câmara