Relatório conta que crianças doentes são forçadas a ser parte de propaganda da bandeira do Estado Islâmico e tomam remédios para cometerem ataques suicidas sem questionamentos

De acordo com funcionários da Organização das Nações Unidas, o Estado Islâmico criou novas e mais bárbaras formas de utilizar crianças no conflito da Síria, as utilizando como escudos humanos e forçando a doar sangue para jihadistas feridos.

O assessor regional de proteção à criança da ONU, Laurent Chapuis, disse que os militantes do ISIS estão recrutando crianças, incluindo os adolescentes, para se juntar ao califado, tendo que cumprir diversos papéis.

Embora algumas crianças sejam usadas em atividades domésticas, como cozinhar, limpar, levar água ou fornecer ajuda médica para os feridos, outras crianças são empurradas para as linhas de frente como combatentes ou escudos humanos, conta Chapuis.

De acordo com um relatório do Escritório para os Direitos Humanos da ONU no Iraque, além de serem usadas na linha de frente, há crianças sendo forçadas a doar sangue para o tratamento de combatentes do ISIS feridos.

O relatório também descobriu que ISIS utiliza crianças para fazerem propagandas. Um dos testemunhos relata um caso de militantes que foram a um hospital e forçaram duas crianças muito doentes a segurarem a bandeira do ISIS enquanto posavam para uma foto com eles.

De acordo com o depoimento de um adolescente de 15 anos, ex-combatente que escapou do ISIS, os líderes militantes também estão forçando crianças combatentes a tomarem pílulas anti-ansiedade, a fim de torná-las mais propensas ao ataque suicida. “Essa droga faz com que você perca a sua mente,” diz o adolescente, chamado Mufleh. “Se eles te derem um cinto de suicídio e disserem para você se explodir com ele, você vai fazer”.

Ivan Simonovic, o secretário geral da ONU para os direitos humanos, disse  que a razão pela qual o recrutamento ISIS é tão bem sucedido com crianças na Síria por pressionarem as famílias a lutar e morrer por sua fé. “O que é surpreendente para mim é quando atendemos as mães que dizem: ‘Nós não sabemos o que fazer'”, disse Simonovic. “”Nossos filhos são voluntários e não podemos impedir.'”

Fonte: http://goo.gl/sBMIvc

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