Os amigos e parentes de pessoas desaparecidas não precisam mais esperar 24 horas para registrar o sumiço de alguém. A informação foi dada pela titular da Delegacia de Investigação de Homicídios, Adriana Ribeiro, durante entrevista a uma emissora de televisão.

A prática é possível desde 2008, quando o Governo Federal publicou portaria instituindo a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes e estabelecendo regras e procedimentos para evitar a subnotificação de casos e agilizar as investigações. 

Desde então a Polícia Civil de Goiás tem adotado alguns dos procedimentos recomendados pela Rede, para investigar os casos de desaparecimentos. O principal é registrar o sumiço  imediatamente. Outra recomendação importante é iniciar as buscas o mais rápido possível.

O registro do desaparecimento, em menos de 24 horas, é feito pela Polícia Civil  após uma avaliação da consistência das informações sobre o perfil do desaparecido e as circunstâncias do sumiço. Quando o desaparecido é menor de idade ou doente mental, o registro é praticamente instantâneo. Em todos os casos, porém, a família é orientada a manter a calma, controlar a ansiedade e não sonegar informações.

São comuns histórias de pessoas que desaparecem por alguns dias ou apenas por algumas horas, após uma desavença ou contrariedade. Mesmo assim, o caso é registrado. A Divisão de Desaparecidos da Delegacia de Homicídios avalia que é melhor encerrar um caso pouco depois da abertura do que arcar com o desgaste provocado pela espera. “É melhor assim do que ver a imprensa dizendo que a polícia demorou a agir ou se recusou a trabalhar”, admite um agente que pediu para não ser identificado.  O mesmo agente confirma que, raramente, a polícia é informada da volta do desaparecido, o que pode comprometer as estatísticas sobre esse tipo de ocorrência.

Fonte: Goiás Agora

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