Mineiros teve 52 trabalhadores identificados e está em ranking nacional do órgão, informa pesquisa

Da Redação com informações do MTE

 Goiás está atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo em termos de quantidade de trabalhadores em situação de escravidão, conforme dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O órgão realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de 1.590 trabalhadores da situação análoga a de escravo, em 2014, em todo o País. Ontem foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e o órgãos realizou um balanço das ações.

As atividades buscam chamar atenção e mobilizar a sociedade por avanços na erradicação do trabalho escravo contemporâneo.

A cidade de Mineiros, em Goiás, teve 52 trabalhadores identificados nessa situação, em uma fazenda de preparação e fiação de fibras de algodão, compondo um ranking nacional elaborado pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae).

Segundo o órgão, os dados materializam a efetivação de parcerias inéditas no trato da questão, podendo ser referenciadas ações fiscais realizadas com o Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Para o chefe da Detrae, Alexandre Lyra, “os dados ainda que em fase de consolidação, indicam atuação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo (GEFM), decorrente dessas parcerias, em municípios e em atividades econômicas antes não abordados com rotina pela Inspeção do Trabalho”.

Os números são decorrentes das ações de fiscalização das equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), diretamente vinculadas à Detrae e também da atuação dos auditores fiscais do Trabalho lotados nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) em todo o País.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou que o governo não pretende se intimidar com a ação dos que promovem o trabalho análogo ao da escravidão e vai continuar atuando, cada vez mais, para coibir essa prática. “Estamos sendo mais eficientes no combate a esta prática. Sem que o combate ocorresse não teríamos esses números para oferecer”, comentou.

As atividades com maior incidência de ações fiscais nas quais foram identificados trabalhadores em situação análoga à de escravo, em nível nacional, foram a pecuária (60), construção civil (36), indústria madeireira (33), agricultura (31) e carvoarias (18).

Fonte: http://goo.gl/TpyKxa

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