Nova determinação é expedida menos de 24h após suspeito deixar a cadeia.
Marcelo ‘Olhos Verdes’ chefiava quadrilha com bens avaliados em R$ 80 mi.

Menos de 24 horas após determinar a soltura do Marcelo Gomes de Oliveira, apontado pela polícia como o maior traficante de drogas de Goiás, o Tribunal de Justiça (TJ-GO) ordenou que ele seja novamente preso em cumprimento a um mandado pelo crime de roubo agravado por lesão corporal grave. Conhecido como “Marcelo Olhos Verdes”, ele é acusado de chefiar uma quadrilha que ostentava bens de luxo avaliados em R$ 80 milhões.

A ordem foi expedida pela juíza Wanessa Resende Fuso, da 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia. No documento, ela diz que já oficializou os órgãos competentes para efetivar a prisão. O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) informou que ainda não recebeu a notificação, mas que já está à procura do foragido.

Marcelo deixou a Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, por volta das 22h de terça-feira (20). Ele estava acompanhado de um casal. Caso seja novamente capturado, ele terá que voltar para o mesmo presídio, onde estava desde maio do ano passado em uma cela de segurança máxima.

O alvará de soltura foi assinado pelo juiz federal da 11ª Vara da Sessão Judiciária de Goiás, Leão Aparecido Alves. O motivo não é especificado no documento, mas, segundo o site do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a decisão foi relacionada a um processo por tráfico de drogas. Já no site do Tribunal de Justiça de Goiás, o processo é dado com baixado. O homem responde ainda a outros dois processos, sendo um deles por roubo.

O magistrado disse que no processo da Justiça Federal em Goiânia, foi determinada a condenação do réu. Porém, Marcelo recorreu ao Tribunal Regional Federal (TRF), em Brasília, que concedeu a soltura. Alves afirmou que apenas cumpriu a determinação do TRF.

Prisão
Marcelo foi detido em uma mansão no Distrito Federal, durante a Operação Esmeralda da Polícia Civil, que prendeu outras 14 pessoas.

De acordo com a polícia, a quadrilha era proprietária de duas fazendas com mais de 7 mil hectares, 1,5 mil cabeças de gado e sedes luxuosas. Na operação também foram apreendidas joias, 22 veículos nacionais e importados e 900 quilos de pasta-base de cocaína. Além disso, o líder do grupo era dono de um posto de combustíveis e tinha participação em uma casa de câmbio que, segundo os investigadores, fornecia dólares para o esquema.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, em 2000, Marcelo foi condenado a 21 anos de prisão por latrocínio, mas após cerca de três anos teve progressão de pena ao regime semiaberto e foragiu. Ele voltou a ser preso em 2007 por tráfico de drogas, mas conseguiu liberdade provisória.

Na ocasião, ele utilizava o nome falso de Marcelo Gomes de Aguiar. Segundo a polícia, em 2001 o traficante passou a usar o nome de José Marcelo Rodrigues de Morais. Por fim, em 2013, protocolou uma ação de retificação de nome na comarca de Aruanã, solicitando o acréscimo do prenome “José” ao seu nome verdadeiro.

Fonte: http://goo.gl/AGCv9E

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