O corpo da adolescente Nilsilene Xavier Rodovalho, 11, foi encontrado no início da tarde de ontem (17), após mais de 24 horas de buscas. Ela foi morta pelo tio, Luiz Xavier Rodrigues, 50, na manhã da última sexta-feira (16). Ele confessou ter estuprado, matado por asfixia e ocultado o cadáver da menina. O crime ocorreu na fazenda da família, a cerca de 12 quilômetros do centro da cidade de Pilar de Goiás, a 268 km de Goiânia. Luiz foi preso em flagrante e está na delegacia regional de Itapaci. O delito abalou a comunidade. Luiz deve ser transferido para Goiânia o mais rápido, por conta da sociedade fazer ameaças de arrombar a delegacia, com intenção de fazer justiça com as próprias mãos.

Após 15 dias que estava na fazenda da família, Luiz contou, em depoimento, que desenvolveu “uma espécie de paixão” pela sobrinha. Segundo relatou ao agente de polícia Sebastião dos Santos, se a jovem não fosse dele, não seria de mais ninguém. O tio só foi preso após policiais militares encaminha-rem-o até a delegacia para fazer averiguações. Ficaram surpresos militares e agentes da Polícia Civil (PC) quando o suspeito confessou o crime, dando detalhes do ocorrido e informando onde tinha escondido o corpo da menina.

CRUELDADE

O homem contou ao a-gente de polícia de plantão que aproveitou a saída dos pais da menina da fazenda para a cidade, na manhã da sexta. Os irmãos da jovem teriam ido para o curral de gado para fazer a ordenha. Eram cerca de 6h, quando ele decidiu atacar a menina. “Ela tinha que ser minha e não de outro. Não sei o que me deu. Não fiz sexo com ela, mas a asfixiei enquanto manipulava sua genitália com a outra mão”, descreve com detalhes o homem, durante o depoimento ao agente Sebastião dos Santos.

Após notar que a menina estaria morta, ele contou que arrastou o corpo até um ribeirão, acerca de 30 metros da casa, onde cometeu o estupro seguido de homicídio e realizou o terceiro crime, em menos de meia hora. “Ele conta que ocultou o cadáver logo após matar e diz que não foi difícil”, aponta o agente Sebastião. Após enterrar o corpo na margem do córrego, ele conta que se manteve afastado da casa por algumas horas, para que não fosse levantada a suspeita.

O irmão da menina, com idade não divulgada pela PC de Iporá, foi o primeiro a notar a falta dela. Teria perguntado ao tio, que mesmo sendo assassino, negou saber do paradeiro. “A partir desse momento, eles começaram a procurar por onde ela estava. Ajudei nas buscas. Passamos toda a manhã, tarde e noite de ontem procurando. Eles pensavam que era alguma coisa de adolescente, mas chamaram a polícia”, contou o homem em depoimento. Os policiais desconfiaram dele e o levaram para a delegacia, onde ele descreveu como matou a menina e disse onde estaria o corpo.

“Em tantos anos de polícia, vi poucos suspeitos tão frios e calculistas como esse. Não só a sociedade, mas todos nós policiais, que temos família, estamos abalados com o fato”, disse Sebastião dos Santos. Ele deve ser indiciado por estupro de vulnerável, qualificado por ter parentesco com a vítima, homicídio qualificado pelo parentesco, pelo crime ter sido praticado por emboscada e pela vítima ser menor de idade, além do delito de ocultação de cadáver.

fonte: dm

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