Nem as medidas de estímulo à economia tomadas pelo governo na última semana fez o mercado mudar sua expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), rebaixando a projeção de crescimento da economia neste ano para 2,05%, ante 2,40% na semana anterior. Os dados são do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

O Boletim Focus é uma publicação semanal do BC elaborada com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

O mercado manteve a perspectiva para a taxa básica de juros (Selic) neste ano em 7,50%.

As estimativas para a inflação continuaram em trajetória de queda, permanecendo abaixo da marca de 5%. O mercado agora prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no final deste ano terá alta de 4,93%, ante 4,95% na semana anterior. Para 2013, a expectativa foi mantida em 5,50%.

A desaceleração da inflação, como sinalizado por vários indicadores recentes, dá respaldo à política do BC de redução da taxa básica de juros, a Selic, já na mínima recorde de 8,50% ao ano.

Governo vai injetar R$ 8,4 bi na economia

O governo lançou na última quarta-feira (27) um pacote de estímulos à indústria nacional no valor de R$ 8,4 bilhões, a serem injetados a partir do segundo semestre, e anunciou também um corte nos juros de longo prazo para baratear investimentos.

Nomeado de PAC Equipamentos, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o plano prevê investimentos desde a área de defesa, passando pela saúde, até a compra de ônibus e carteiras escolares. Do total de R$ 8,4 bilhões, mais de R$ 6 bilhões não estavam previstos no orçamento deste ano, afirmou a presidente Dilma Rousseff.

No mesmo anúncio, o governo também reduziu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que serve de referência para a correção dos empréstimos feitos pelo BNDES  (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao setor produtivo. A queda –de 6% para 5,5%– valerá também para empréstimos já contratados. Mesmo não interferindo diretamente nos empréstimos feitos às pessoas físicas, a redução da taxa pretende estimular os investimentos, já que incentiva a tomada de crédito pelas empresas.

As medidas foram divulgadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que citou o plano como “mola mestre” para enfrentar as turbulências econômicas no exterior.

Fonte: Uol

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