Perseguido por garotos bem maiores, aquele menino da terceira série corria para casa depois da escola o mais rápido possível. Esta realidade vivida por muitos garotos que sofrem bullying na escola atualmente também foi vivida pelo pequeno Carlos Ray todos os dias em Miami, Arizona – até que um dia, o funcionário de um posto de gasolina viu sua agonia e o ensinou a enfrentar aqueles que o atormentavam.

Os pequenos Carlitos tremia de medo enquanto encarava um dos valentões que o perseguia na escola. Os dois rolaram no chão por alguns minutos, que pareciam uma eternidade, e Carlos estava sendo imobilizado por seu adversário. De repente, ele agarrou o dedo do garoto e inclinou-o para trás. O valentão gritou de dor e se rendeu, de acordo com a autobiografia “Against All Odds: My Story” (“Contra Todas as Probabilidades: Minha História”).

Foi assim que o homem conhecido como “o cara mais durão” dos EUA – com direito a uma lista interminável de piadas sobre sua força – começou sua carreira. O garoto tímido que sofria bullying na escola mais tarde aprendeu artes marciais na Coreia, enquanto estava na Força Aérea. Foi nesta época que Carlos Ray Norris adotou o apelido de “Chuck”.

O instrutor e ator de artes marciais, agora com quase 78 anos, nasceu em uma família disfuncional com um pai alcoólatra. Ele era parte Cherokee (indígena), mas isso não o ajudou muito quando sua mãe se mudou para o Arizona e o matriculou em uma escola de nativos americanos, onde o garoto loiro de olhos azuis parecia ser uma presa fácil para os ‘valentões’. Ele era introvertido e franzino, longe do perfil atlético dos outros garotos.

Após o ensino médio, ele se alistou na Força Aérea para integrar a ‘Polícia do Ar’ em 1958 e se destacou nas artes marciais, ganhando mais de um faixa preta. Ele finalmente fundou sua própria escola com sua própria marca de artes marciais chamada ‘Chun Kuk Do’.

Ele encerrou seu serviço militar em 1962, e passou a ensinar em escolas de caratê e se destacar em competições. Ele ganhou o título de campeão de caratê de peso médio do ‘World Professional Full-Contact’ em 1968 – título que manteve até se aposentar, em 1974.

O seu ensino de caratê o ajudou se aproximar de Priscilla Presley, os Osmonds e o ‘durão de Hollywood’ Steve McQueen. McQueen encorajou Norris a tentar sua carreira de ator. Ele já havia feito uma pequena parte em ‘The Wrecking Crew’ (1969).

Chuck conheceu Bruce Lee e conseguiu um papel no filme ‘Way of the Dragon’, em 1972 e ‘Return of the Dragon’ no ano seguinte. Na época, Bruce Lee estava ganhando as telonas dos cinemas.

Mas a carreira de ator de Chuck veio a decolar com o seu maior papel sendo o thriller, “Good Guys Wear Black” (“Bons Caras Usam Preto”). O filme rendeu US$18 milhões em 1978.

Ele começou a escrever álbuns de ginástica e inspirou o videogame “Chuck Norris Superkicks” (1983). Ele estava a caminho de se tornar uma lenda americana. Sua biografia, “The Secret of My Inner Strength, My Story”, tornou-se um best-seller do New York Times.

Quando os papéis nos filme diminuíram, ele conseguiu papéis nas séries de televisão.

Desde a infância, Norris foi cristão. Ele entregou sua vida a Jesus aos 12 anos e participou de uma cruzada evangelística do Billy Graham. Mas os bastidores de Hollywood não ajudam muito a manter a fé de uma pessoa. Ele se envolveu em um caso extraconjugal e acabou se divorciando de sua primeira esposa, Dianne Holecheck.

“Infelizmente, muitas vezes na indústria do entretenimento você perde de vista o que é realmente importante em sua vida”, disse Norris em Hear It First. “Eu perdi um casamento por causa disso”.

Norris se casou novamente com Gena O’Kelley e reiniciou sua vida em Cristo. Além dos filhos de seu primeiro casamento – Mike, Dina e Eric – ele também teve mais dois com sua segunda esposa: Dakota e Danilee.

Ele e sua esposa lançaram a Fundação Kickstart para introduzir o treinamento em artes marciais relacionado ao ensino moral em escolas públicas. O programa, que reforça a auto-estima de crianças e adolescentes, atingiu até 6.500 escolas, de acordo com a revista ‘Hear It First’.

“Artes marciais são uma filosofia que praticamente transmitem os princípios da Bíblia”, disse Norris. “Mesmo que não possamos falar sobre Jesus, podemos falar sobre o que Jesus fala na Bíblia: amar o seu próximo, ser uma boa pessoa”.

Norris não não tem se intimidado e compartilha sua fé em Hollywood. Como parte disso, ele se empenhou bastante em promover o filme “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson.

Falando sobre o sucesso de sua carreira, Chuck Norris lembra que não tem nada a ver com sorte, mas sim com propósito.

“As pessoas vêm até mim e dizem: ‘Chuck, você é o cara mais sortudo do mundo, porque é um campeão mundial de caratê e uma estrela de cinema e da TV”, disse Norris. “Quando eles me dizem isso, eu simplesmente sorrio e respondo que a sorte não teve nada a ver com isso. Meu sucesso não tem nada a ver com sorte, mas sim com Deus”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GOD REPORTS

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