Polícia registrou cinco assassinatos em Goiânia em três dias. Secretário de Segurança diz que ação do Estado vai reduzir número de homicídios. Kaite Marrone da Fonseca, de aproximadamente 25 anos, foi morta com uma facada no pescoço, às 3h43 de ontem, na Rua RB-15, no Residencial Recanto do Bosque. O nome inspirado no personagem Kaite Mahoney, do seriado de televisão americana dos anos 80, não ajudou muito no destino da vítima. 
A suspeita é de que, ao contrário da policial ruiva linha-dura de Chicago, que lutava contra o crime, Kaite Marrone da Fonseca seria usuária de drogas. Como costuma acontecer em casos envolvendo usuários de droga, nenhuma testemunha do crime foi encontrada pela polícia.  O crime é investigado pela delegada Luciane Aguiar Farias Shono, adjunta da Delegacia de Homicídios. Foi o quinto assassinato do mês de agosto, até a madrugada de ontem.

A edição de ontem do POPULAR mostrou que o número de assassinatos em Goiânia está crescendo a cada mês em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano aconteceram 26 casos a mais que em 2010. O secretário de Segurança Pública João Furtado Neto disse ontem, através de sua assessoria de imprensa, que o número de homicídios deve diminuir em breve em decorrência da contrapartida do Estado, com a campanha do desarmamento e a criação de novas vagas na Casa de Prisão Provisória (CPP).

Com isso, conforme o secretário, os presos que lotavam carceragens de delegacias foram transferidos deixando a Polícia Civil em condição de cumprir mais mandados judiciais, como de prisões temporárias e preventivas.  A delegada Adriana Ribeiro de Barros, titular da Delegacia de Homicídios, disse que apesar dos 42 assassinatos ocorridos em julho deste ano – a delegacia não computa os casos de confronto em sua estatística como homicídio (foram 47 crimes no total) – a delegacia conseguiu concluir e remeter ao Poder Judiciário 37 inquéritos.

“O que é preciso deixar claro é que está balanceado o número de homicídios e o número de casos solucionados e remetidos à Justiça”, disse. Segundo ela, esse equilíbrio é necessário para que não haja sensação de impunidade. “A Polícia Civil tem conseguido exercer sua função, que é repressiva”, afirmou. Ações preventivas, como operações para prender foragidos e apreender armas e drogas têm sido feitas rotineiramente pela Polícia Militar.

Para aproximar a corporação da sociedade, o coronel Sérgio Katayama, comandante do Policiamento da Capital, lança nos próximos dias o Policiamento Comunitário Virtual, que será um canal de comunicação pela internet, no qual a sociedade pode denunciar crimes e ajudar a PM no trabalho preventivo.

Fonte: Goisnet

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