O pão nosso de cada dia, Mt 6:11, devemos de o pedir a Deus e certamente que o alcançaremos pelo nosso trabalho, pela compaixão

do próximo e ainda pelos desígnios estranhos dos Seus caminhos.  É com o trabalho que comemos o pão nosso de cada dia. Na minha terra diz-se que Deus dá a farinha para que o homem a amasse e a asse para alcançar o pão. Ter trabalho é uma dádiva de Deus porque muitos são os desempregados e por esta razão não têm o pão de cada dia.
 
Quando o nosso próximo não tem o pão de cada dia precisamos de repartir o nosso pão com ele. A compaixão com o nosso próximo é um gesto mui elevado e comparado ao culto a Deus, Is. 58:7 e 11.
 
Quando vier o Filho do Homem na Sua glória e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da Sua glória;  e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;  e porá as ovelhas à Sua direita e os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e deste-me de comer, Mt 25: 31-35(a).
Nesta parábola Jesus se identificou com o pequenino irmão a quem nós demos o pão porque quando nós damos o pão ao próximo, é
ao Senhor que o damos. A prática da caridade é o critério do julgamento de Deus simbolizado pelos bodes e as ovelhas.
 
Sabemos que Deus tem cuidado de nós e que é Seu desejo que toda a humanidade tenha o sustento indispensável à vida. No entanto,
também sabemos que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que procede da boca de Deus,Lc 4:4.
 
A teologia da libertação, no meu entendimento, ficou só na prática do pão de cada dia, e como foi citado não é só do pão que o homem vive.
 
Certa vez, Jesus se identificou como sendo Pão, Jo 6. Dizia Ele aos Seus discípulos: Eu sou o Pão Vivo que desceu dos céus e todo aquele que comer deste Pão viverá para sempre, referindo-se à Sua Palavra que é verdadeiro alimento e é por ela que o homem viverá eternamente.
 
Finalmente gostaria de considerar com o Leitor que Deus também tem caminhos estranhos de nos dar o pão de cada dia para que o
homem aprenda a nele confiar, como foi o caso do ” maná” no deserto que o povo de Israel comeu durante quarenta anos nas suas
perigrinações  no deserto.  Outra ocasião, mui notável, é quando Deus manda Elias para junto do ribeiro de Carite e o sustenta por
meio de corvos que lhe trazem pão e carne, I Rs 17:3-6.

Quando as águas deste ribeiro secaram Deus providenciou o pão de cada dia através de uma viúva em Sarepta, uma pobre mulher,

viúva que tinha um filho para alimentar e só possuía um punhado de farinha e um pouco de azeite. O Deus que multiplica o pão, fala pelo profeta Elias para que a mulher primeiramente faça daquela farinha um pequeno pão e que depois lho dê a comer e do restante coma ela e o filho. Creu aquela mulher no que o profeta disse e não se acabou a farinha e o azeite em todo o tempo que não
choveu na terra e grande era a fome, I Rs 17:10-14.
 
“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, Mt 6:11“. Amém.

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