A imagem de um protesto de um transexual na cruz, representando Jesus Cristo, durante a 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Paulo, que aconteceu na tarde do último domingo (7) no centro da cidade, causou revolta nas redes sociais.

Com aproximadamente 20 mil pessoas, de acordo com a estimativa da Polícia Militar, a parada gay teve como alvo lideranças evangélicas e ataques a símbolos religiosos na avenida paulista. Manifestantes exibiam cartazes contra Silas Malafaia e Marco Feliciano, além de criticar a postura da igreja diante do comportamento homossexual.

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Nas redes sociais cristãos comentaram a imagem do transexual que trazia os dizeres “Basta de Homofobia” em forma de placa sobre a cruz, semelhante a que foi pendurada na cruz de Cristo com os dizeres “Jesus Nazareno (ou, de Nazaré), Rei dos Judeus”.

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) usou sua página no Facebook para repercutir as imagens e criticar a postura dos ativistas gays: “Imagens que chocam, agridem e machucam. Isto pode? É liberdade de expressão, dizem eles. Debochar da fé na porta denuda igreja pode? Colocar Jesus num beijo gay pode? Enfiar um crucifixo no ânus pode? Despedaçar símbolos religiosos pode? Usar símbolos católicos como tapa sexo pode? Dizer que sou contra tudo isso não pode? Sou intolerante né?”, escreveu o pastor.

Para o deputado Marco Feliciano (PSC/SP), líder da Igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, a imagem é uma “blasfêmia”. Nas redes sociais o parlamentar questionou se é permitido profanar a fé ou debochar de símbolos sagrados.

Além disso, Feliciano questionou o uso de dinheiro público em um evento que incentiva o preconceito religioso. No carro de trio elétrico que carregava o transexual, um cartaz exibia o patrocínio da Caixa, Prefeitura de São Paulo, Governo Federal e Petrobras.

O senador Magno Malta (PR-ES) também criticou a imagem através da sua página no Facebook, e criticou o desrespeito as crenças religiosas com uso de dinheiro público. O político questionou o patrocínio das estatais, da prefeitura de São Paulo e do Governo Federal ao evento.

“Não estamos dormindo, esta aberração não passará em branco e vou exigir respeito com nossa crença e também explicações de um Estado laico patrocinar esta cena religiosa, agressiva e que estarreceu o Brasil”, prometeu Magno Malta.

A psicóloga Marisa Lobo também protestou, e chamou atenção para os patrocinadores do evento e também à prefeitura da cidade de São Paulo, que é uma das organizadoras da Parada: “Manifesto meu repúdio a Caixa Econômica Federal, ‎Petrobrás, ‎Netflix, ‎prefeitura de SP por apoiar eventos que discriminam cristãos e promovem a intolerância religiosa. Isso é crime de ódio… CP [código penal] – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940, Art. 208: ‘Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso’”, publicou em sua página no Facebook.

Nesta segunda-feira, 08 de junho, a jornalista Rachel Sheherazade comentou o assunto no Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan e criticou o movimento LGBT por usar o evento para “ofender a fé cristã, de 90% dos brasileiros” e disse: “Quem quer respeito, respeita”.

Dentre as autoridades que participaram da abertura do evento estavam o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), a senadora Marta Suplicy (sem partido), e o ex-senador e atual secretário de Direitos Humanos da prefeitura, Eduardo Suplicy (PT).

 

Transexual Viviany Beleboni
Transexual Viviany Beleboni

O protesto foi feito pelo transexual Viviany Beleboni, que é considerado musa transex. Segundo informou o transexual, sua intenção era chamar a atenção para o sofrimento que passam os LGBTs de todo o país.

Fonte: Gospel Prime / Gospel +

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