Da agência globo

Depois de um encontro com as centrais sindicais, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fez uma defesa de mudanças nas medidas provisórias que fazem parte do pacote trabalhista e previdenciário, ao afirmar que o Congresso vai encontrar “alternativas” para que o trabalhador não seja “duramente sacrificado”. Renan disse que o trabalhador “não pode pagar pelo ajuste fiscal”.

No encontro com senadores, ficou evidente a pressão para que o governo recue ou para alterar as MPs. Ex-ministra da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) participou do encontro no gabinete do senador Renan e criticou as medidas da presidente Dilma Rousseff.

— Não podemos transferir a conta do ajuste para o trabalhador. Acho que temos que usar o protagonismo do Congresso para construir alternativas para o ajuste. O protagonismo do Senado e do Congresso será no sentido de criar alternativas para que o trabalhador não seja duramente sacrificado. Porque isso significa, do ponto de vista econômico e social, um retrocesso. Temos preocupações com as medidas provisórias que instabilizam as relações jurídicas. Isso precisa ser resolvido pelo Congresso, e o trabalhador não pode receber a conta do ajuste. Isso não pode acontecer — disse Renan.

O presidente do Senado disse que as MPs começam a ser discutidas depois do Carnaval. Além das centrais sindicais, Renan disse que quer conversar com empresários, representantes do setor produtivo.

Até mesmo o relator do Orçamento da União de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o Congresso não pode apenas aprovar as propostas do governo, ser um “carimbador”.

— O Congresso não é carimbador das ações do Executivo. Se as medidas são excelentes, votamos. Se a medida for boa, a transformamos em excelente —disse Jucá.

Fonte: http://goo.gl/q0ruhN

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