Uma jovem de 21 anos foi espancada e teve a cabeça raspada pela ex-sogra e pela ex-cunhada porque ela não quer se reconciliar com o companheiro, que cumpre pena por tráfico de drogas no presídio de Bangu, na zona oeste do Rio. A sessão de terror, que durou cerca de duas horas, aconteceu na manhã de segunda-feira (7) depois que as suspeitas e mais dois homens sequestraram Silvia Regina Evangelista no bairro Maria Paula, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

A dona de casa estava com a filha de um ano quando o grupo invadiu a sua casa. A jovem conta que só deu tempo de deixar a menina no quarto e correr para o banheiro. Lá, a jovem tentou ligar para mãe em busca de ajuda, mas os suspeitos derrubaram a porta dando início às agressões. Com uma faca, a ex-sogra cortou um pedaço do cabelo dela.

– Eles me batiam muito. Ela aproveitou a faca da minha cozinha para cortar o meu cabelo, que tinha uns três palmos abaixo dos ombros.

Os agressores arrastaram a jovem pelos cabelos até um carro branco. Segundo a vítima, ela foi levada para um terreno baldio na favela do Arrastão, em São Gonçalo.

Além dos socos e pontapés, os suspeitos passaram a usar pedaços de pau para dar continuidade à pancadaria. Com a ajuda da ex-sogra e da ex-cunhada, os outros dois homens rasparam a cabeça da vítima com uma máquina de cortar de cabelo.

– Eles diziam: “a gente está te batendo para não te matar. A gente cavou um buraco lá em cima para te enterrar”. Eles terminaram de cortar meu cabelo com uma tesoura e rasparam a minha cabeça com uma máquina zero. Depois de tudo isso, eles me colocaram de volta no carro e me levaram para casa.

Ordem para agressões teria partido de ex-companheiro

De acordo com Silvia, a ex-sogra também dizia que a ordem para as agressões partiu do filho, que está preso no presídio Muniz Sodré, em Bangu, desde 2010. Segundo a polícia, o traficante era um dos gerentes do tráfico de drogas no morro do Preventório, no bairro de Charitas, em Niterói, região metropolitana.

Silvia conta que foi agredida três vezes pelo ex-companheiro durante o relacionamento de dois anos. A jovem, no entanto, nunca procurou a polícia para prestar queixa. Após a prisão do traficante, segundo ela, os parentes dele passaram a ameaçá-la quase que diariamente.

A jovem diz que chegou a visitar o ex-companheiro no presídio. Mas desistiu do relacionamento porque não aguentava a “vida de mulher de presidiário”.

Os policiais da Delegacia de Alcântara (74ª DP) conseguiram prender a ex-sogra e os outros dois suspeitos depois que uma amiga de Silvia, que viu o momento em que grupo deixou casa dela, denunciou o sequestro. A ex-cunhada, uma adolescente de 16 anos, foi apreendida e encaminhada para o Juizado de Menores.

De acordo com a polícia, cada um pode pegar até 13 anos de prisão pelos crimes de sequestro, cárcere privado, torturas física e psicológica.

Fonte: R7

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