A maioria dos partidos da base aliada se recusou a votar nesta quarta-feira (21) a Lei Geral da Copa no plenário da Câmara, o que levou a uma nova derrota do governo no Congresso. A aprovação do texto sobre as regras do Mundial de 2014 é uma das prioridades para o governo federal na Câmara. Agora, a tentativa dos governistas será votar o projeto na próxima semana.
Liderados pelo PMDB, segunda maior bancada da Câmara e maior aliado do governo, e pelo DEM, partido de oposição, PR, PDT, PSD, PT do B, PSC, PMN, além do PSDB e do PPS, disseram que não votarão a proposta da Lei Geral enquanto não for definida uma data para a votação do Código Florestal.
“Em respeito a esta Casa, o PMDB entra em obstrução”, afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).
Mais cedo, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), havia afirmado que “enfrentaria” as ameaças de obstrução e não abriria mão de colocar em votação ainda nesta quarta a Lei Geral da Copa. A decisão de votar foi tomada nesta quarta em reunião entre os líderes e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou ser “legítimo” que partidos da base e da oposição tenham um “calendário” de prioridades diferente do governo.
“É legítimo os outros líderes terem calendário de votações diferente do governo. E há uma intenção legítima do governo, que também é a minha, de votar a Lei Geral da Copa. Mas hoje só PT e PP sustentaram essa posição”, destacou
Maia afirmou que tentará construir um acordo para a votação das regras para a Copa do Mundo na próxima semana.
Fonte: G1