Ainda não é lei, mas a Carteira de Identidade deve ser trocada a cada dez anos. Já são muitos os casos em que é preciso apresentar um documento mais recente, com uma fotografia mais condizente com a atual aparência do portador. Seja para requisitar passaporte, prestar concurso público ou entrar em países como Argentina, Chile, Inglaterra e Estados Unidos, nada mais estranho do que um adulto apresentar um documento com uma foto de quando era adolescente.

Cabe ao Instituto de Identificação, unidade da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), providenciar a troca, que pode ser requisitada em qualquer unidade do Vapt Vupt. Basta levar o RG atual, comprovante de endereço, documentos pessoais e pagar a taxa de R$ 17,64. Segundo o gerente do Instituto de Identificação, Antônio Maciel, o novo documento leva de dez a trinta dias para ficar pronto e é entregue na mesma unidade em que foi solicitado, com a apresentação do protocolo e a entrega do RG antigo, que é recolhido e inutilizado.

Tirar uma nova identidade requer ainda disposição para sujar os dedos das mãos, uma vez que as impressões digitais são, novamente, retiradas. Não importa quantas carteiras de identidade o cidadão faça durante a vida, todas serão “2ª via” e em todas as ocasiões, haverá a coleta de impressões.

Maciel explica que as digitais mudam com o passar dos anos, mas continuam sendo únicas. Alguns profissionais, inclusive, podem até perdê-las. Caso dos professores, que após anos seguidos usando giz branco, ficam com as digitais menos nítidas. “Por isso esse acompanhamento é importante. Algumas marcações não somem nem mudam, ainda que fiquem mais tênues”, explica.

Quem precisa da nova carteira com urgência pode pedir o “adiantamento de identidade”. Para isso o interessado precisa provar a necessidade de receber a 2ª via rapidamente. “Precisa mostrar que a passagem está comprada, a cirurgia está marcada,” exemplifica Maciel.  Com isso, o documento fica pronto em, no máximo, 48 horas.

Identidade com chip
O Instituto de Identificação de Goiás está entre os melhores do País, com profissionais qualificados, tecnologia de ponta e elevado grau de produtividade. Estes foram alguns dos fatores que credenciaram o Estado a participar, no ano passado, do projeto piloto de Registro de Identidade Civil (RIC), em Hidrolândia. “Nós temos um nível avançado de identificação e o RIC vai evitar fraudes eleitorais, em programas sociais, contra seguradoras, contra a previdência. Vai ser um ganho e tanto”, assegura Maciel.

O RIC será produzido com a tecnologia Match Biométrico, totalmente automatizado e com diversos itens de segurança. O problema, diz Maciel, é o custo. Quando Hidrolândia participou do projeto, no ano passado, o custo inicial de cada RIC era de R$ 40 a unidade.

O projeto está tramitando muito lentamente no Ministério da Justiça, que ficou encarregado de normatizar, e repassar aos estados, as regras para a confecção e entrega dos RICs.  A informação mais recente, obtida pelo secretário de segurança Pública, João Furtado, em viagem recente a Brasília, é de que o Comitê Gestor do RIC divulgará, em data ainda não definida, o calendário para a implantação do novo documento em todo o País.

Fonte: Goiás Agora

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