A presidente Dilma Rousseff buscou nesta quinta-feira aproximação com a União Europeia ao defender soluções para a paz em regiões de conflito armado em que há intervenção direta de países europeus.

Em discurso após reunião com os presidentes da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, no Palácio do Planalto, Dilma cobrou solução para os conflitos no Mali, na Síria, em Israel e na Guiné-Bissau.

“Consideramos que, no que se refere a essa questão do Mali, nós defendemos a submissão das ações militares às decisões do Conselho de Segurança da ONU, com atenção à proteção de civis. O combate ao terrorismo também não pode ele mesmo violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive as antigas tentações coloniais”, disse a presidente.

A União Europeia propôs nesta semana realizar uma reunião sobre o conflito em Bruxelas com participação das Nações Unidas. A França tem tropas no país africano, cuja onda de violência tomou dimensão depois de envolver grupos terroristas de origem muçulmana e ocidental em disputas políticas locais.

Dilma também pediu protagonismo de Portugal e Brasil na resolução de conflitos na Guiné-Bissau, que enfrenta onda de violência devido ao cenário persistente de instabilidade política patrocinado por organizações ligadas ao tráfico de drogas. Fez elogios à indicação de José Manuel Ramos-Horta ao cargo de representante da ONU.

“Nós temos todo o interesse de participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado, de agravamento da instabilidade política na região devido ao tráfico de drogas, de armas, à pirataria seja resolvida”, disse. “Consideramos muito importante a indicação de Ramos-Horta, um político originário do mundo da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), seja hoje o representante do secretário da ONU nesse conflito”, disse.

Ainda segundo Dilma, ficou “visível” durante o encontro que “há muitos pontos comuns” entre Brasil e União Europeia para a resolução da instabilidade síria e o prolongamento desses conflitos pelo norte da África e pelo Oriente Médio.

“Evidentemente, ao mesmo tempo que damos relevância à questão dos direitos civis, dos direitos democráticos, também achamos fundamental direitos sociais e também o fato de que é importante combater o preconceito e a discriminações”, disse Dilma.

Fonte: Folha

Deixe seu Comentário

All fields marked with an asterisk (*) are required