Chefe-geral da ONU no Brasil, Jorge Chediek (foto)
Nesta segunda-feira chega a Goiás uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os representantes da organização está o chefe-geral da ONU no Brasil, Jorge Chediek. Outros três representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da ONU Mulher e do Sigob compõem a delegação que será recepcionada por representantes do Governo de Goiás. Ainda hoje eles participam de uma reunião de trabalho no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Segundo o secretário para Assuntos Internacionais, Elie Chidiac, o governo estadual quer saber detalhes sobre o software de gerenciamento governamental Sigob, desenvolvido pela ONU e utilizado pelo governo da presidente Dilma Rousseff, com bons resultados.”É um software que consegue acompanhar todos os projetos desenvolvidos pelo estado. Melhora a eficiência e identifica os gargalos e porque os objetivos não foram alcançados”, explica. Segundo Chidiac, a instalação deste programa seria disponibilizada pela ONU sem qualquer custo para o Estado de Goiás. O sistema será avaliado pelos técnicos de informática do governo estadual a fim de verificar se ele atende às necessidades locais.
Durante a reunião, os auxiliares de governo também irão apresentar projetos das áreas social, educacional, ambiental e de segurança pública, no sentido de firmar parcerias com a ONU para a implementação das propostas. “Goiás pretende alavancar algumas iniciativas e a ONU, que tem uma expertise muito grande, já está firmando parcerias com alguns estados da federação, especialmente na área do meio ambiente e de erradicação da pobreza. Na área de segurança pública, a ONU também tem uma experiência na pacificação das favelas do Rio de Janeiro e erradicação em áreas do Entorno do Distrito Federal na pobreza”, exemplifica.
Chidiac adianta os detalhes de dois projetos de combate à violência contra a mulher, ligados à Semira, que serão explanados na ocasião aos representantes da ONU, especialmente à representante da ONU Mulher. Os dois são avaliados em R$2 milhões, cada um ao custo de R$1 milhão. Um deles prevê a capacitação de servidores públicos estaduais e municipais das áreas de segurança, saúde e educação com o objetivo de multiplicar, qualificar e interiorizar boas práticas de efetivação da Lei Maria da Penha no Estado de Goiás. O de inclusão digital tem como proposta qualificar o total de mil mulheres a interagir e disseminar conhecimento nas redes sociais como Facebook e Twitter, no intuito de levantar demandas locais, identificar e dar visibilidade às boas práticas de empreendimento feminino.
Se a ONU sinalizar uma possível parceria com algum dos projetos há grandes chances de haver a instalação de escritório oficial da ONU em Goiás. Como os projetos demandam financiamento, isso seria altamente benéfico para o Estado, como avalia Chidiac. “Isso representaria um elo direto e a confiança nas políticas públicas formuladas pelo Governo de Goiás e também representaria uma agilidade nas tratativas de todos os projetos que podem surgir posteriormente. A ONU tem agências como o Banco Mundial, FAO, que trata da segurança alimentar, a ONU Mulher, e também outras agências ligadas aos direitos humanos, com as quais poderá interagir diretamente sem precisar da mediação de Brasília”, destaca.
Fonte: Goiás Agora