Luís Felippe Índio da Costa está preso em sua própria residência, no Rio de Janeiro, por causa de sua idade avançada
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça feira, 23, mandado de prisão domiciliar do executivo Luís Felippe Índio da Costa, ex-controlador do Banco Cruzeiro do Sul. Ele está preso em sua própria residência, no Rio de Janeiro. A Justiça autorizou esse regime de custódia para Índio da Costa por causa de sua idade avançada.
Pai e filho são investigados pela PF por gestão fraudulenta, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. O Cruzeiro do Sul sofreu liquidação do Banco Central após a descoberta de um rombo financeiro de cerca de R$ 4,5 bilhões, que lesou centenas de clientes.
A PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão no Rio “relacionados a altos administradores daquele banco”.
A Justiça não determinou a prisão desses outros dois executivos, mas fixou fianças, uma no valor de R$ 1 milhão e outra de R$ 1,8 milhão. Decidiu ainda, como medida preventiva, a proibição de viajarem ao exterior, de exercerem qualquer atividade no mercado financeiro ou dispor de bens próprios ou de terceiros.
O inquérito foi instaurado em São Paulo, em junho de 2012, após o recebimento de informações do Banco Central do Brasil sobre supostas fraudes contábeis realizadas pelo Cruzeiro do Sul.
Ao longo da investigação, a Polícia Federal identificou indícios de outras condutas criminosas. A investigação aponta a possibilidade de fraude de mais de R$ 1,2 bilhão.
As medidas cautelares foram decretadas pela 2ª Vara Criminal Federal São Paulo, a pedido da PF, “em razão da capacidade dos investigados de causar prejuízo efetivo à ordem pública, da existência de suspeitas de ação atual dos envolvidos para subtração de bens da ação do Estado e do risco do desfazimento de seu patrimônio, acarretando prejuízos para a ordem econômica e ao sistema penal”.
A prisão domiciliar foi decretada com fundamento no Código de Processo Penal, que prevê essa possibilidade quando o preso tiver maior de oitenta anos – caso de Luís Felippe Índio da Costa.
A PF apura crimes contra o sistema financeiro, crimes contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro.
Luís Octávio e seu pai, e também os integrantes do Conselho de Administração, serão indiciados por esses crimes. Se condenados eles poderão estar sujeitos a penas de 1 a 12 anos de prisão e multa, conforme os atos que cometeram.
Fonte: Estadão