A adolescente britânica Laura-Louise Salford, 17 anos, confiou mais nas orientações do TomTom do que na sinalização da rodovia, diz investigador.
A morte da adolescente britânica Laura-Louise Salford, 17 anos, pode ter sido causada por excesso de confiança nos dados transmitidos pelo dispositivo de navegação GPS TomTom, segundo inquérito divulgado por peritos na quinta-feira. De acordo com o Daily Mail, a menina estava usando o aparelho pela primeira vez, durante uma viagem com amigas para o litoral, quando bateu o carro ao passar por um cruzamento sem reduzir a velocidade.
No final de maio deste ano, Salford dirigia por uma estrada secundária que em determinado ponto atravessava uma estrada principal. Nesta parte do caminho, a menina simplesmente atravessou a estrada principal sem parar ou reduzir a velocidade. Uma van, dirigida pelo motorista Glen Simpson, vinha na rodovia maior – o motorista relatou que o carro de Salford simplesmente surgiu em sua frente e ele não conseguiu parar ou desviar para evitar o choque. A adolescente morreu na hora.
Ian Clark, o perito que investiga o acidente, seguiu a rota feita por Salford utilizando o mesmo dispositivo GPS e chegou à conclusão de que, por seguir “religiosamente” as orientações do aparelho, a menina deixou de prestar atenção na sinalização da estrada e por isso atravessou uma estrada principal sem verificar se o caminho estava livre para seguir em frente. No caso, o dispositivo não emitiu nenhum alerta em especial sobre o cruzamento, mas segundo Clark, a sinalização da rodovia está em perfeitas condições.
Porém, o investigador explica que o tipo de GPS que Salford estava usando avisa sobre ajustes no trajeto, como conversões e desvios, alguns metros antes do ponto para alertar o motorista – em trechos retos, o aparelho não costuma emitir nenhum aviso em especial, mesmo que haja um cruzamento pela frente. “Acho que, inconscientemente, ela seguiu o GPS à risca envolvida por uma falsa sensação que levou a crer que ela tinha a prioridade de passagem naquele cruzamento”, analisou Clark. “Os sinais de trânsito estão lá e são claramente visíveis”, acrescentou o perito, que diz não saber porquê a menina não os respeitou.
A investigação não encontrou evidências de condições de tráfego inadequadas no local, e os dois motoristas envolvidos na colisão estavam dentro dos limites de velocidade.
Duas amigas de Salford também estavam no carro no momento da batida, mas sobreviveram aos ferimentos. Elas dizem que a amiga, que havia tirado a licensa para dirigir há cerca de um mês antes do acidente, costumava ser uma motorista cuidadosa.
Fonte: Terra