O Exército do Líbano emitiu um alerta em meio à onda de violência que seguiu a morte do chefe da inteligência do país em um atentado na sexta-feira e exortou que se exercite “contenção política” neste “momento crítico” para o país.
Os militares mostraram preocupação após uma série de protestos que tomou as ruas de Beirute e outras cidades após o funeral de Wissam al-Hassan.
Em Trípoli, no norte, ao menos três pessoas morreram.
Os partidos de oposição no país culpam o regime de Bashar al-Assad, na Síria, pelo atentado e exigem a renúncia do primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acusado de manter elos com o governo sírio.
No sábado ele chegou a colocar seu cargo à disposição, mas foi mantido pelo presidente.
Ainda neste domingo, os manifestantes tentaram invadir a sede do governo libanês. A polícia disparou gás lacrimogêneo para conter a multidão.
Muitos temem que a violência na Síria – que começou em março do ano passado, com tentativas de insurgentes de derrubar al-Assad – possa se espalhar agora para o Líbano, onde a população está dividida em relação ao conflito.
O Exército da Síria esteve presente no Líbano por 29 anos, até 2005. Além disso, historicamente o Líbano virou palco de conflitos violentos influenciados por eventos nos países ao seu redor, como Síria e Israel.
O grupo Hizbollah, aliado da Síria, condenou o atentado de sexta-feira.
Fonte: BBC