Dois foguetes lançados da faixa de Gaza atingiram na manhã desta quinta-feira o sul de Israel, sem deixar feridos, informaram fontes da polícia local.
Os ataques ocorrem em meio ao segundo dia da primeira visita oficial do presidente americano, Barack Obama, ao país.
Segundo o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, um dos foguetes caiu no pátio de uma casa na cidade de Sderot e o outro em um campo aberto.
Obama chegou nesta manhã a Ramallah, na Cisjordânia, para uma reunião com o dirigente palestino Mahmud Abbas. Nenhum grupo reivindicou até o momento a autoria dos ataques.
SEGURANÇA
Ontem, Barack Obama afirmou que o comprometimento americano com a segurança israelense “é uma obrigação solene”, reafirmando seu compromisso em evitar que o Irã desenvolva um arsenal nuclear.
Ele reiterou, diante de jornalistas e ao lado do premiê israelense Binyamin Netanyahu, o “direito à defesa” de Israel, afirmando que a tarefa primeira de Netanyahu “é manter o povo israelense seguro”.
A relação entre Obama e Netanyahu é, desde o primeiro mandato do americano, fria e envolta em desacordos. Mas ontem, durante discursos, ambos trocaram elogios.
“Israel não tem nenhum melhor amigo do que os EUA”, afirmou Netanyahu -a quem Obama chamou pelo apelido “Bibi”, além de tê-lo provocado em tom amigável dizendo que os filhos do colega herdaram a beleza da mãe.
(“Posso dizer o mesmo de você”, rebateu Netanyahu)
O presidente americano evitou, durante a coletiva, o assunto das negociações de paz entre israelenses e palestinos, afirmando que tratará do assunto nesta quinta, quando irá discursar a universitários israelenses. Deve ser o ponto alto de sua visita.
NETANYAHU
O premiê israelense Binyamin Netanyahu disse estar “totalmente comprometido com a paz” e com a “solução de dois Estados para dois povos” no conflito com os palestinos.
Em declaração antes da coletiva de imprensa concedida ontem, em conjunto com o presidente dos Estados Unidos, ele disse esperar que a visita de Obama ajude a “virar a página” na relação com os palestinos.
Netanyahu disse se sentir honrado por receber Obama no período do pesach (a Páscoa judaica), um período que segundo ele inspirou a busca pela liberdade.
Fonte: Folha