O indonésio Alexander Aan foi condenado a dois anos e meio de prisão por escrever mensagens ateístas em seu Facebook e será obrigado a pagar uma multa de US$ 10 mil.

A justiça da Indonésia o acusou e culpou de “espalhar informações que incitam o ódio religioso e animosidade”, durante o julgamento que ocorreu na última quinta-feira.

No Facebook, Aan criou um grupo sobre ateísmo em janeiro deste ano, onde escreveu “Deus não existe”. Ele publicou também charges que mostram o profeta Maomé mantendo relações sexuais com uma serva e subiu um artigo descrevendo o profeta Maomé sendo atraído por sua nora.

Aan chegou a ser espancado por pessoas em Pulau Pulung depois de espalhar mensagens na rede social. Ele foi preso em janeiro depois de publicar o material online de declarar-se ateu.

A corte o havia anteriormente indiciado por outras duas acusações, a de persuadir outros para abraçar o ateísmo e a blasfêmia. Mas depois, o tribunal deixou as duas acusações e o condenou de uma acusação mais séria.

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A situação gerou o debate sobre a distinção entre a liberdade de expressão e incitamento ao ódio religioso no país com a maior população islâmica do mundo.

Muitos grupos se opuseram da decisão do tribunal e mostraram apoio ao homem através do Facebook e circularam petições para retirar as acusações.

Segundo Andreas Harsono da Human Rights Watch, a decisão é simbólica e aprofunda a intolerância religiosa. Ele compara a situação de Aan com a de islâmicos radicais que pegaram apenas alguns meses de prisão por bater em três pessoas até a morte, no ano passado, em Jacarta.

“Isso diz muito sobre a relativa impunidade de pessoas que cometem a violência em nome da religião, enquanto, outras pessoas educadamente sem usar nenhuma violência, não importa quão controverso, já está sendo punido com 30 meses de prisão”, disse Harsono, segundo a Voice of America.

A liberdade de religião é garantida pelo país com a maior população islâmica, mas reconhecendo somente seis religiões: Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Catolicismo, Protestantismo e Confucionismo.

Fonte: The Christian Post

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