A Polícia Federal identificou que R$ 47,9 milhões é o valor dos benefícios pagos pela Previdência Social com suspeita de terem sido fraudados por integrantes do grupo criminoso investigado na Operação Blindagem II.  Estima-se que a maior parte desses valores tenha sido pago indevidamente, pois foram obtidos com a utilização de atestados médicos falsos. Até o momento, um médico, dois advogados e um despachante previdenciário foram indiciados.

A Operação Blindagem II foi deflagrada em 6 de março de 2012. Nas investigações, feitas pela PF em conjunto com a Previdência, descobriu-se que um médico psiquiatra concedia atestados sem nenhum tipo de diagnóstico ou tratamento, bastando apenas o “paciente” pagar pela consulta. Muitos dos clientes sequer iam até o consultório, recebendo os laudos através do correio ou por meio de intermediários.

Os documentos apreendidos na operação, tanto em meio papel quanto digital, foram minuciosamente analisados.  A partir de agora, os benefícios ativos serão revisados e os segurados ouvidos pela Polícia Federal. Serão instaurados inquéritos para responsabilizar criminalmente os envolvidos nos casos em que houve indícios de fraude. As denúncias encaminhadas por cidadãos, motivadas pela deflagração da Operação Blindagem II, já estão sendo investigadas.

A partir da análise da documentação, foram identificados 945 benefícios passíveis de revisão, distribuídos em 12 gerências executivas do INSS localizadas nos municípios de Porto Alegre, Santa Maria, Uruguaiana, Pelotas, Passo Fundo, Novo Hamburgo, Ijuí, Caxias do Sul, Canoas, Florianópolis, Criciúma e Chapecó.  As informações serão repassadas para cada unidade para revisão das concessões.

Denúncias sobre fraudes contra a Previdência Social podem ser encaminhadas à Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) da PF através do e-mail  deleprev.srrs@dpf.gov.br.

Fonte: Polícia FederalPorto Alegre (RS)

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