O jogador da seleção palestina de futebol Mahmoud al-Sarsak está há 80 dias em greve de fome para manifestar sua revolta contra uma denominada “prisão administrativa”, efetuada por autoridades em Israel.
O futebolista foi detido há 3 anos sem ter sido acusado formalmente de nenhum crime. A pena vem de um método pregado por Israel, para prender qualquer pessoa considerada “combatente ilegal” sem nenhum julgamento prévio, segundo a BBC.
O advogado do jogador, Mohamad Jabarin, revelou que seu cliente já emagreceu cerca de dez quilos e passa por dores no corpo e tem se sentido muito fraco, além de ter sua visão prejudicada. A pena do jogador de 25 anos durará até o dia 22 de agosto. Entretanto, o prazo pode ser estendido por mais seis meses, conforme já foi feito anteriormente.
A medida dada a Al-Sarsak é considerada ilegal por órgãos intenacionais. Na última quarta-feira (6), a Anistia Internacional solicitou ao governo israelense que interrompesse esta prática o quanto antes, pois “serve para reprimir atividades legítimas e não violentas”.
A União Europeia também se manifestou, através de nota, contra a ausência de um julgamento para determinar a sentença. “Prisioneiros têm o direito de ser informados sobre as razões de sua detenção e de ser levados a um julgamento justo”, relatou o documento.
Israel respondeu ao justificar que usa a iniciativa como uma forma de manter a segurança de seu país. O governo israelense destacou que “utiliza a medida da prisão administrativa apenas quando há perigo para a segurança do público ou para a segurança da região”.
Para tentar um acordo, Israel estabeleceu que a visita de parentes na penitenciária será permitida, e que buscará melhores condições para os presos. Mesmo assim Al-Sarak afirmou que continuará de jejum até ser solto.
Fonte: The Christian Post