Com um tiro na cabeça, a estudante Pamella Munike Gonçalves Volpato, 17, foi assassinada na noite de domingo (6) quando voltava de festa na Vila Mauá, em Goiânia. Ela estava na companhia de dois primos e do namorado, que, de acordo com a Polícia Civil, teria se envolvido em briga de torcidas dos times Goiás e Vila Nova – a quinta morte envolvendo torcedores este ano, em seis partidas realizadas entre as equipes. A jovem torcia pelo Goiás e já teria feito parte da organizada Força Jovem. A polícia já tem dois suspeitos. 
Responsável pelo caso, a delegada titular da Homicídios, Adriana Ribeiro, explica que a polícia trabalha com a possibilidade de o crime ter ocorrido devido rixa antiga entre torcidas. Por volta das 20 horas, Pamella voltava a pé da festa quando dois homens se aproximaram em uma moto e efetuaram vários disparos, um atingiu a estudante, como explica a delegada. Os primos e o namorado, Wallisson Nogueira, todos menores de idade, não foram atingidos.  
“O alvo seria o namorado”, disse a delegada de acordo com os primeiros dados da investigação. Adriana explicou ainda que o namorado de Pamella já teria sido ameaçado por integrantes de uma organizada do time rival, Sangue Colorado, e isso teria motivado o crime. A família de Pamella conta que a garota também havia recebido ameaças na escola em setembro, no Colégio Meta, no Jardim Europa, onde ela cursava o segundo ano do ensino médio. 
Redes sociais
Amigos da vítima contam que no último jogo entre Goiás e Vila, na sexta-feira (4), Wallison, da Força Jovem, teria sido fotografado próximo a um caixão com o símbolo do Vila, que fazia referência ao rebaixamento do time para a série C do Brasileiro. Além disso, no caixão carregado por alviverdes, também teriam iniciais de torcedores do Vila assassinados este ano: LA (Lucas Arantes Silva de Moraes, 17) e MI (Josemir Clemente Júnior, 33), ambos da Sangue Colorado. 
A imagem circulou pelas redes sociais, como Facebook, e pode ter relação com a briga. Pamella não foi ao jogo. Sobre as ameaças de vingança feitas pelas redes sociais, Adriana informou que testemunhas ainda serão ouvidas. “Já temos muitos dados, mas ainda são sigilosos”, completa. “Como teve esse confronto aflorou novamente esse sentimento.”
“Tudo da Pamella era verde e branco”
“Tudo da Pamella era verde e branco”, disse emocionada Pollyana Volpato, de 21 anos, irmã da vítima, poucas horas depois do enterro da jovem. Velada em casa, a estudante foi enterrada no início da tarde de ontem no Cemitério Parque Memorial. Membros da organizada Força Jovem e torcedores do Goiás também compareceram. “Ela ligou para minha mulher, a gente sempre levava e buscava. Mas ontem (domingo) não teve jeito de buscar”, lamentou o pai Walter Gonçalves Pereira, de 38, motorista. 
Walter explicou também que a filha não fazia mais parte de organizadas, bem como o namorado, com quem Pamella se relacionava há cerca de seis meses. “Ela gostava muito do Goiás, mas era só torcedora. A gente (pais) não deixava mais ela se envolver com torcida porque a gente queria evitar qualquer coisa.” Por isso ele acredita que o crime ocorreu devido uma ameaça que ela recebeu na escola. 
No colégio, os pais foram chamados para conversar, mas depois disso a menina teria ficado com medo até de sair de casa, como informou a família. Os responsáveis pelo colégio foram procurados pela reportagem, mas não foram encontrados na instituição. Os pais afirmam que ela era tranquila na escola, não se envolvia em brigas ou confusões. 
“Teve a ameaça e a pessoa estava seguindo, mas não dá para acreditar nisso”, disse a irmã. A família afirma que existia apenas a ameaça, feita por um estudante torcedor do Vila Nova, como possível motivo. “Eu só quero a justiça”, conclui Walter.  Alegre, estudiosa, Pamella tinha o sonho de ser mãe, era cuidadosa com crianças, como descreveu a prima Bibiana Volpato, 30.
 
Fonte: o Hoje

(2) Comments

  1. Total falta de habilidade,zelo e muita ignorancia por parte da mãe dessa garota,deixar com que uma filha faça parte de torcida organizada, deixar com que ela tenha um namorado que gosta de confusão, não fiscalizar e coibir suas brigas em redes sociais e muito mais que só Deus sabe o que faziam.O pior é que depois de tudo isso, ainda leva a outra filha ao estádio e diz que a filha morta agora está bem, foi ao encontro de seu amigo de torcida que foi assassinado nas mesmas condições…PACIÊNCIA, muita ignorancia dessa familia.

Deixe seu Comentário

All fields marked with an asterisk (*) are required