O Ministério da Educação (MEC) pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal abra investigação sobre boatos que circularam nas redes sociais de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano teria sido cancelado. O governo confirmou a realização das provas nos dias 3 e 4 de novembro.

Existe a suspeita de que o publicitário Eden Wiedemann, integrante da campanha do candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), tenha enviado a mensagem “Vai Haddad!!! MEC confirma cancelamento das provas do Enem”, seguido de um link para uma reportagem de 2009 que anunciava o cancelamento da prova. Na época, o ministro da Educação era Fernando Haddad (PT), hoje adversário de Serra em São Paulo.

Nesta quinta-feira (25), no início da tarde, o site do MEC teve um volume de tráfego anormal, com mais de 1 milhão de acessos – a média mensal é de 20 milhões. O ministério encaminhou ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, cópias dos posts de Wiedemann. A expectativa no MEC é a de que o publicitário seja procurado nesta sexta-feira pela polícia.

Wiedemann confirmou à agência Estado que atua na campanha de Serra, mas negou que seja o responsável pela origem do boato. “Querem criar um factoide. Escrevi um tuíte que dizia que o Haddad foi um ministro incompetente e publiquei a notícia do Terra. Nos meus tuítes pessoais, não escrevo nada em nome da campanha”, alegou o publicitário.

A campanha questionou o pedido de investigação feito pelo MEC, mas não se pronunciou oficialmente sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Provas distribuídas

Nesta quinta-feira, antes de os boatos circularem, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que as provas do Enem já estão nos pontos estratégicos para serem distribuídas aos locais onde serão aplicadas.  Segundo o ministro, as provas serão distribuídas e aplicadas “com total segurança”.

Fonte: Ig /Com Agência Estado

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