Altas taxas de juros e a existência de um “falso consignado”. Estes foram os assuntos abordados em reunião promovida ontem (31/7) pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, Érico de Pina Cabral, e o promotor Murilo de Morais e Miranda. Eles debateram os temas com representantes do Procon Goiânia e Estadual, integrantes da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) e da Procuradoria-Geral do Estado, além de representante da empresa WMG, responsável pelo suporte de informática ao sistema de consignados.
Na reunião, o gerente de pesquisa e cálculo do Procon-GO, Gleidson Tomás Fernandes, alertou sobre a existência de um “falso consignado”, que aplica taxas de juros de 4,5%. O promotor Murilo Miranda esclareceu que a margem do empréstimo consignado é de 30% e a margem do cartão consignado é de 10%. Contudo, a Segplan vem operando com a margem de 40% (consignado+cartão), aplicando juros de 1,5% nos empréstimos consignados e juros de 4,5% no cartão consignado. A Segplan informou, contudo, que atualmente todos os cartões consignados estão bloqueados.
Uma sugestão apontada por Murilo Miranda foi a possibilidade de recalcular as taxas e considerar todos os empréstimos como consignados aplicando a menor taxa no mercado.
Visando definir um acordo que acabe com os falsos consignados, o promotor Érico de Pina solicitou a presença re representantes dos cinco bancos que operam empréstimos consignados no Estado (BMG, Bonsucesso, Cruzeiro do Sul, Industrial do Brasil e Gerador) para uma reunião no próximo dia 15, às 14 horas, na sede do MP-GO.
Fonte: MP Goiás