O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fala a grupo de 300 empresários durante a almoço em SP.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta terça-feira (13) que “preferia morrer” a ficar preso no sistema penitenciário brasileiro. A afirmação foi feita durante um almoço com 300 empresários na zona sul de São Paulo.
“Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer”, disse ministro.
O ministro também classificou como “medievais” as condições das prisões brasileiras. “Quem cometeu crime pequeno sai de lá criminoso maior”, completou.
Cardozo afirmou também ser contra a prisão perpétua e pena de morte. “Não é porque eu não tenho um sistema correto que vou penalizar situações definitivas; pena não é castigo, é a oportunidade para ser reinserido”, disse o ministro durante o encontro organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em um hotel no Brooklin.
Ao falar sobre os problemas de segurança pública no país, o ministro preferiu usar tom mais ameno do que na discussão com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, e disse que todos que governam têm responsabilidade sobre a segurança pública e afirmou que é “hora de parar de fazer jogo de empurra-empurra” para resolver o problema da criminalidade.
FRONTEIRAS
Segundo o ministro, houve melhora na fiscalização das fronteiras, com apreensão de drogas e armas, mas o problema do tráfico é “um problema complexo e que nenhum país conseguiu resolver”. “Estamos fazendo o que podemos para minimizar o problema”.
Fonte: Folha