É difícil imaginar um palhaço em crise de existência. Mas a situação é tão comum quanto o riso que o homem de cara pintada provoca na plateia. É disso que trata o filme “O Palhaço”, o segundo dirigido por Selton Mello (o primeiro foi “Feliz Natal”) e que chega aos cinemas nesta sexta (28).

Valdemar (Paulo José) e o filho Benjamim (Selton) formam a dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. “Benjamim é um palhaço sem identidade, CPF e comprovante de residência”, disse o diretor e ator durante o Festival de Paulínia, onde o longa faturou o prêmio de melhor direção. Na verdade, o palhaço mais novo não vê mais graça em si mesmo e questiona se realmente tem o dom de fazer rir.

A crise nada tem a ver com a vida pessoal de Selton. “Eu quero desistir da carreira todo dia, mas sempre encontro algo que me motive”, declarou.

A direção foi necessária para que Selton Mello se renovasse como ator. Em “O Palhaço”, ele faz algo diferente na brilhante carreira, que é criticada por muitos como estática. Paulo José também brilha no papel de palhaço sem dúvidas do talento, mas que, diferente do filho, conhece um mundo fora do circo.

As participações especiais de Tonico Pereira e Moacyr Franco, que faz sua estreia no cinema aos 75 anos e protagoniza uma das melhores cenas do filme também garantem o ingresso.

Homenagem

Se não há nada de autobiográfico, “O Palhaço” é uma clara homenagem ao humor brasileiro. Não por acaso, Selton diz que entre suas referências para o filme estão alguns ícones da memória do humor: Jacques Tati, Oscarito e Didi Mocó.

O nome do personagem principal é, na verdade, uma homenagem a Benjamin de Oliveira, nome importante do circo brasileiro, e Valdemar, personagem de Paulo José, é um tributo a Valdemar Seyssel, o palhaço Arrelia.

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fonte:da redação/ a cidade

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