Sempre que realiza uma edição da Operação Duas Rodas, a Polícia Militar avisa que vai abordar motociclistas em atitudes suspeitas. Mas qual o critério utilizado para definir quem será parado e revistado? Todos os procedimentos seguem critérios técnicos e científicos, amplamente estudados e aplicados pelas polícias de todo o mundo e, em especial, pelas polícias acostumadas a lidar mais diretamente com a violência urbana, como é o caso da brasileira. Quem garante é o subcomandante do Policiamento da Capital e comandante da Operação Duas Rodas, o tenente-coronel Wesley Siqueira Borges.
Ele lista alguns comportamentos que passam despercebidos a olhares leigos mas que chamam a atenção da polícia. Geralmente, os assaltantes que usam motos para se locomover atuam em dupla e vestem, sempre, duas camisetas, de cores diferentes, uma sobre a outra. O objetivo é claro: enganar a polícia após uma troca rápida. Motoristas e acompanhantes estão sempre atentos ao retrovisor, enquanto que os garupas estão sempre com as mãos livres, prontos para sacar uma arma. “Claro que, toda regra tem exceção mas, normalmente, os criminosos seguem este padrão”, reforça o comandante.
Blitz
Outra atitude muito comum de quem não é criminoso mas está com algum problema é tentar fugir da blitz. “Este é um comportamento totalmente errado”, enfatiza Borges. Segundo ele, o problema, quase sempre, é falta de habilitação ou documentação vencida. A recomendação da polícia é passar pela blitz e, em caso de abordagem, arcar com as consequências.
As consequências estão as previstas no Código Brasileiro de Trânsito e a situação será bem mais simples do que uma perseguição, por exemplo”, explica o comandante da Duas Rodas. É que, nas imediações da blitz, o Choque e a Rotam costumam fazer o que a polícia chama de “cobertura de área”, ou seja, rondas nas ruas próximas.
Fonte: Goiás Agora