Balada Responsável, Boas Festas, Cidadania e Saturação. Estes são os nomes das principais operações da Polícia Militar destinadas a frear os índices crescentes de violência e criminalidade e devolver a segurança à população goiana. Nas ruas há alguns dias, as operações já surtem o efeito desejado e recebem elogios da sociedade.
José Fernandes Oliveira, de 43 anos, é mototaxista em Goiânia há 12 anos. Casado, pai de quatro filhos, ele diz que percebeu a intensificação do policiamento e que já foi parado em algumas blitzen. “Eu não acho ruim, pelo contrário. Aprovo ser parado e revistado e acho que a polícia está mais atuante. Estou me sentindo mais seguro”, diz.
Outro que também está se sentindo mais tranquilo nos últimos dias é o vendedor Fernando Dionísio Feliz, de 48 anos, que há anos vende pamonha frita no cruzamento das avenidas Goiás e Anhanguera, no Centro. Casado, pai de duas filhas maiores, ele confessa que teme a violência desenfreada, “em que uma pessoa mata outra por um tênis ou R$ 100”. De uns dias pra cá ele está mais tranquilo, entretando espera que as operações não aconteçam apenas no fim de ano. “Nessa época de Natal a segurança sempre é reforçada. Espero que continue depois das festas. Eu estou gostando e quero que a bandidagem suma de Goiás”, afirma.
O estudante e vendedor de uma operadora de telefonia celular Yanne Laline Henrique Ribeiro Caldas tem 19 anos a avalia que a polícia está mais atuante e se preocupa muito com a segurança de homens, mulheres, crianças e idosos. A atenção aos homossexuais, porém, deixa a desejar. “A polícia está muito presente mas não está preparada para lidar com os homossexuais e travestis”, avalia o jovem.
Morador de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, ele mora e estuda na capital. Aluno do Instituto de Educação de Goiás (IEG), ele conta que sente um pouco de receio quando precisa se deslocar, principalmente a pé. Ele confessa que, quando vê uma viatura na rua, fica dividido entre o desconforto e a sensação de segurança. “De qualquer forma, melhor com ela (a polícia) do que sem ela”.
Dezenove anos e mãe solteira de um bebê de 1 ano e 3 meses, Cristiana de Oliveira Sousa deixou o Maranhão há cinco meses e veio para Goiás em busca de uma vida melhor. Com o apoio de uma irmã que mora em Goiânia há mais tempo, conseguiu emprego como garçonete e diz que “Goiás é uma terra boa demais”.
Moradora do Jardim das Aroeiras, Cristiana trabalha no Centro e precisa se deslocar entre vários bairros para conseguir atendimento médico, fazer compras e buscar lazer, entre outras atividades. “Vejo polícia por todos os lados. Me sinto segura e sempre faço a minha parte”, conta, enquanto segura a bolsa junto ao peito. Apesar do pouco tempo em Goiás, ela diz que a segurança aqui é bem melhor que na terra natal e aplaude a volta às origens da Rotam. “Falaram muito mal da Rotam mas acho que ela fez falta. Achei a volta dos homens de preto muito boa. Tira a coragem do bandido, do assassino”.
As diversas operações da polícia estão empregando, ao todo, quase 400 militares, mais de 200 viaturas, 50 motociclistas do Giro e o helicóptero da corporação. O valor das horas-extras da meia-noite às 6 horas da manhã subiu de R$ 15 para R$ 18 e, até o fim deste ano, o governo estadual deve gastar R$ 1,7 milhão a mais com remuneração de servidores da área. O comandante geral da PM, coronel Edson Costa Araújo, declarou recentemente que a polícia estará cada vez mais presente nas ruas e assumiu o compromisso de reduzir a criminalidade em todo o Estado.
fonte: goiás agora