A Polícia Militar de Minas Gerais está seguindo uma nova pista sobre a possível localização do corpo da jovem Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, que está desaparecida há mais de dois anos.
Depois de receber uma denúncia anônima, PMs e soldados do Corpo de Bombeiros retornaram na noite de segunda-feira ao sítio do ex-jogador do Flamengo no condomínio Turmalina, em Esmeraldas, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, para uma nova busca.
Segundo a denúncia, o corpo de Eliza teria sido enterrado entre duas palmeiras no interior da propriedade. No entanto, os policiais não puderam fazer escavações por falta de um mandado judicial. A expectativa é de que as buscas sejam retomadas durante esta terça-feira.
Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010, quando viajava do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a jovem procurou a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade.
Bruno já foi condenado pelos crimes de cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Elisia. Mas a localização das ossadas de Eliza seria um passo decisivo para a condenação por homicídio triplamente qualificado. Além de Bruno, foram acusados Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão) e Marcos Aparecido dos Santos (Bola).
Também acusado, o primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, foi executado a tiros na semana passada por desconhecidos que o perseguiram pela rua, em Belo Horizonte. Sales, que respondia ao crime em liberdade, era uma testemunha chave do caso. Segundo ele, os restos mortais de Eliza teriam sido jogados para os cães do sítio em Esmeraldas.
No domingo, outra testemunha do caso sofreu um tentativa de assassinato. O ex-motorista de Bruno, Cleiton Gonçalves, foi baleado em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, depois de ser perseguido por um grupo armado que disparou diversas vezes contra o bar que Cleiton frequentava. O motorista acabou baleado duas vezes no ombro e foi socorrido por amigos. Ele preferiu não se internar em nenhum hospital da região de BH e não foi mais encontrado.
A polícia suspeita da existência de uma lista de execução de testemunhas e réus do desaparecimento de Eliza. Cleiton foi preso porque dirigia a caminhonete de Bruno na qual Eliza foi levada para sítio do jogador.
Fonte : Zero Hora