A sede do Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Santo Antônio de Goiás, a 26 km de Goiânia, foi invadida por aproximadamente 300 mulheres na manhã desta segunda-feira (5).

Elas pertencem ao Movimento Campesina e vieram de acampamentos e assentamentos do interior do estado. O movimento reúne vários grupos de luta pela terra. A ocupação faz parte de uma mobilização nacional.

As ocupantes pedem uma audiência no Ministério da Agricultura para pedir a presença de movimentos sociais no Conselho de Administração da Embrapa e a criação de programas de agricultura familiar sem uso de agrotóxicos. Elas também protestam contra um Projeto de Lei que pode mudar a forma de administração da Embrapa.

Este projeto tornaria a Embrapa, que é uma empresa pública, em uma empresa privada, com a gerência do capital privado”, alega coordenadora da Via Campesina, Rosana Fernandes. De acordo com ela, a ocupação não tem data para terminar.

Preocupação
Os pesquisadores da Embrapa ficaram preocupados, pois na unidade estão em andamento mais de 100 pesquisas relacionadas ao arroz e feijão. A interrupção dos trabalhos também poderia prejudicar outras atividades da empresa.

“Nós temos viagens internacionais, tem uma delegação de etíopes no hotel aguardando para vir para cá com toda a programação feita. Um dia de serviço a menos complicaria muito para todos nós”, afirma o chefe administrativo da Embrapa Arroz e Feijão, Romeu Pereira dos Santos.

Diretores da Embrapa e representantes do movimento se reuniram e ficou decidido que só os serviços essenciais de pesquisa serão mantidos. Os funcionários administrativos ficam impedidos de entrar. O movimento também permitiu a entrada da delegação da Etiópia.

Fonte: G1

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