A interdição de um estacionamento irregular no Centro do Rio acabou em confusão e agressão física ao Secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro, Alex Costa, nesta terça-feira (5). Eduardo Fauzi, que se diz procurador do dono do terreno, aproveitou as câmeras ligadas para se aproximar do secretário pelas costas e agredi-lo com um tapa na cabeça, segundos antes de começar a entrevista coletiva convocada pela Prefeitura. Durante a agressão, enquanto Costa falava, o homem gritou “é mentira”.

“A Prefeitura está cometendo um crime nessa desapropriação, tirando um proprietário que tem registro do local e trabalhava aqui havia mais de 20 anos”, disse o agressor.

Após a confusão, Fauzi foi detido por guardas municipais e levado para a 4ª DP (Praça da República). Segundo a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante por lesão corporal. Após a agressão, o secretário Alex Costa e sua assessoria deixaram o local sem falar com a imprensa. O secretário foi levado para fazer exame de corpo de delito. Fauzi foi preso em flagrante, mas poderá ser solto mediante fiança.

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Em diligência na tarde desta terça, no terreno do estacionamento irregular onde houve a confusão, os agentes da 4ª DP constataram furto de água e energia na propriedade.

“Eu recebi uma proposta na semana passada de uma pessoa que se dizia funcionário da Prefeitura, ligado à Secretaria de Ordem Pública e ao Alex Costa. Ele me fez uma proposta de R$ 50 mil e disse que precisava desse valor para não estourar o estacionamento. Como eu recusei, porque eu não compactuo com este tipo de transação e porque eu tenho uma liminar de posse do terreno, o secretário de Ordem Pública procedeu. Ele arrebentou o estacionamento, expulsou as pessoas que moravam ali”, disse Fauzi.

A Seop diz que este é o segundo estacionamento de Eduardo Fauzi que é fechado pela Prefeitura e que o estacionamento foi interditado porque estava funcionando sem alvará.

Ação de guardadores autônomos
Segundo a Prefeitura, o terreno, que fica na esquina da Rua Venezuela com a Rua Souza e Silva, na Zona Portuária, era administrado por uma associação de guardadores de carros autônomos, que agia de forma ilegal.

Ainda segundo a assessoria da Seop, que foi responsável pela operação, o terreno foi cedido pela companhia de Docas para a Cedurp, Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, e não poderia ser utilizado como espaço para estacionamento.

Após a interdição, os caminhões da Seop começaram a despejar pedras para dar início as obras no local.

Veja o vídeo:

Fonte: G1

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