Estudo recente feito com informações de agentes de saúde concluiu que 80% dos criadouros do mosquito Aedes Eegypti, transmissor da dengue, encontram-se dentro dos domicílios – onde o acesso dos profissionais do poder público é difícil. E, desses 80%, quase a metade encontra-se no lixo descartado de maneira inadequada.

Para prevenir a doença, a Secretaria da Saúde alerta a população sobre a importância de ações de prevenção de forma incisiva durante todo o ano. Isso porque os ovos do mosquito ficam fixados, em estado latente, às superfícies de diversos tipos de objetos e materiais, como vasos de plantas, pneus velhos e calhas, transformando-os em criadouros. Os ovos sobrevivem por mais de 450 dias e, no contato com a água, eclodem.

Na luta contra a dengue, medidas simples, desde que praticadas todos os dias, geram bons resultados e ajudam a proteger a comunidade. No endereço eletrônico denguemata.saude.go.gov.br, há informações e dicas importantes para o combate da dengue. A ação mais eficaz é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. Para se ter uma ideia, o mosquito vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.

Higienização
A regra básica é não deixar água parada em qualquer tipo de recipiente. É imprescindível que os objetos que possam servir de criadouros para o Aedes Aegypti sejam higienizados de forma rotineira, antes e durante o período chuvoso. As vasilhas usadas como bebedouros de animais e os vasos de plantas, por exemplo, devem ser limpos por meio de fricção, com escovas ou buchas. Apenas secar os reservatórios de água parada não impede o mosquito da dengue de se reproduzir. É preciso limpar esfregando com uma bucha, pois o ovo pode se manter “vivo” por mais de um ano sem água. Ao encontrar larvas do mosquito em um recipiente, não a descarte em ralos, mas diretamente na terra.

Embora as fêmeas do Aedes Aegypti tenham preferência por depositar os ovos em recipientes com água limpa, elas também podem colocá-los em criadouros com água suja e parada. Então, para combater a dengue, o importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, independentemente de limpa ou suja. As calhas também devem ser devidamente higienizadas. O vento intenso, característico do período seco, pode carregar folhas, poeira e outros tipos de material que obstruem o vão das calhas e favorecem o acúmulo de água, onde se prolifera o mosquito.

Caixas d´água As caixas d´água devem ser higienizadas de forma regular a cada seis meses. Esses recipientes podem ter frestas por onde passam pequenos animais, inclusive o mosquito da dengue. É recomendável que a limpeza seja feita com um litro de água sanitária para cada mil litros de água e que as caixas estejam sempre tampadas. As piscinas também devem ser limpas de forma rotineira. Quando não estiverem em uso, elas devem ser escovadas, esvaziadas e cobertas.Mosquito transmissor da dengue Foto: Internet

O Mosquito
O Aedes Aegypti é menor do que um pernilongo comum, de cor café ou preto, apresentando listras brancas no corpo e nas pernas. Ele possui hábitos diurnos, sua picada ocorre nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, é inodora e não causa coceira na pele. Durante o voo, o mosquito não faz o menor ruído para não chamar a atenção.

A fêmea do mosquito pode colocar mais de 100 ovos de cada vez. Seu ciclo apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. O desenvolvimento dos ovos até o surgimento do mosquito se dá em cerca de apenas 10 dias, podendo esse período ser menor, dependendo das condições do ambiente em que os ovos foram postos. Quem contamina o ser humano é a fêmea do mosquito, que precisa de uma substância do sangue (a albumina) para completar o processo de amadurecimento de seus ovos, enquanto o macho apenas se alimenta de seiva de plantas.

Transmissão
O ciclo de transmissão começa quando a fêmea pica uma pessoa com dengue. O tempo necessário para o vírus se reproduzir no organismo do mosquito é de 8 a 12 dias. Após isso, ele começa a transmitir o vírus causador da doença. Esse mesmo mosquito, ao picar um ser humano sadio, transmite o vírus para o sangue dessa pessoa. Dentro de um tempo, que varia de 3 a 15 dias, a doença começa a se manifestar. A partir daí o ciclo pode se repetir.

Fonte: http://goo.gl/J7czgI

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