O ex-jogador Cicinho, que teve a carreira marcada por atuar no São Paulo, na seleção brasileira e grandes times da Europa, falou sobre como sua fé cristã o ajudou a superar o problema com alcoolismo.

Cicinho começou a beber aos 13 anos, quando jogava para o Botafogo de Ribeirão Preto. “Tudo começou com o primeiro gole e fui parar com 30 anos. Quase 20 anos bebendo”, disse ao Estadão. Nos momentos em que bebia, ele também fumava cigarros. “Eu fumei por 11 anos, de 1999 a 2010”.

Cicinho percebeu que estava exagerando no consumo de álcool quando perdeu o prazer de jogar futebol, aos 30 anos, quando atuava como lateral da Roma. “Sempre fui apaixonado por futebol. Quando Deus dá um dom e a gente não sabe administrar, é porque tem algo errado. Não tinha mais prazer em entrar em campo, treinar e concentrar”.

Nesse período, em 2010, Cicinho conheceu sua futura esposa e afirma que notou algo diferente. “Me despertou conhecer os princípios que ela tinha que eram voltados para a palavra de Deus, e foi assim que tive minha transformação”, conta.

Cicinho revela que nunca fui um “cara baladeiro”, mas sabia que o álcool não poderia trazer satisfação. Ele decidiu parar de beber da noite para o dia. “Optei por uma transformação. Esse processo foi quando conheci Jesus”, diz.

“Eu bebia mais ou menos dez caixas de cerveja por dia, e no outro dia eu parei de beber completamente. Foi um prazer tão intenso que não tem como explicar. A melhor explicação é olhar o Cicinho de oito anos atrás e o Cicinho de hoje. Minha conduta fala mais do que palavras. Quando a gente tem um encontro com Deus, com a fé que tenho, não existe etapas”, acrescenta.

Cicinho se orgulha por dizer que há oito anos não tem problemas com álcool e cigarro, é fiel à sua esposa e vive os princípios da Bíblia. “É isso que pretendo: falar o nome de Deus por onde caminhar porque foi o que mudou minha vida e é o que muda a vida das pessoas”, destaca.


Cicinho ganhou grande projeção no futebol após passagem pelo São Paulo. (Foto: Globo Esporte)

O ex-jogador diz que vê Jesus como um modelo de conduta e tem o coração aberto para falar sobre os traumas do passado, “porque superei todos os vícios que tinha e hoje meu prazer é contar meu testemunho”.

“Hoje eu ando e as pessoas falam que foram muito tocadas pelo meu testemunho, e isso é muito gratificante. As pessoas perguntam qual é meu maior gol, e eu costumo falar que foi conhecer Jesus como Senhor e Salvador da minha vida”, diz Cicinho. “Muitos acham que foi o gol contra o Palmeiras, mas não foi. Ali eu fiz o gol, mas tinha uma vida que estava caminhando para o buraco, bebendo, não era feliz. Hoje, não. Hoje sou completamente realizado”.

Cicinho ainda deixa um recado para as pessoas que estão lidando com problemas semelhantes: “O mundo pode parecer prazeroso, mas são prazeres momentâneos. O conselho que dou é: dê uma oportunidade para ouvir a voz de Jesus”, orienta.

“Não tem como convidar um jovem se ele não der ouvido para Jesus falar quais são os planos. O conselho que dou é esse: ouça mais a voz de Deus do que o coração, porque o coração do homem é enganoso. Você pode construir uma história com qualquer profissão, mas, se não tiver um relacionamento com Deus, será mal sucedido internamente”, acrescenta.

COM INFORMAÇÕES DO ESTADÃO

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