Se você já se reconciliou com Deus através de Cristo, lembre-se que você foi tornado filho, para viver na amorosa comunhão com o Deus que tem como música ouvi-lo chamar de “Pai”

Eu tenho uma relação pouco compreensível com o meu nome. Talvez haja explicação psicanalítica para ela. Chamo-me Antônio Carlos. Tem gente querida que me trata pelo meu nome completo: “Antônio Carlos”. Algumas pessoas me chamam de “pastor Antônio Carlos”. No meio presbiteriano, alguns, respeitosamente, se dirigem a mim tratando-me como “reverendo Antônio Carlos”.

Quando alguém me chama de “Antônio Carlos”, sinto que essa pessoa não me é íntima. Quando me chama de “pastor Antônio Carlos”, a distância aumenta. Quando sou tratado como “reverendo Antônio Carlos”, sinto essa pessoa mais afastada ainda. Gosto de ser chamado de “Antônio”. Quando alguém me trata pelo meu primeiro nome, tenho a impressão de que essa pessoa me é próxima.O que posso fazer? Aguardo a cura!

Todos meus amigos íntimos chamam-me de “Antônio”. Meus irmãos e mãe tratam-me da mesma forma. Minha mulher também me chama de “Antônio”. Amo ser chamado de “Antônio”.

O evangelho ensina que Deus sofre do mesmo mal. Ele ama ser chamado de Pai. No evangelho de Lucas no capítulo onze verso primeiro, os discípulos pedem ao Senhor Jesus que os ensine a orar. Nada na vida é mais importante do que esse tema, uma vez que é de suma importância nos relacionarmos com Deus nos termos em que Deus quer que nos relacionemos com Ele.

Cristo atende aos seus discípulos no verso dois: “Quando orardes, dizei: Pai…”. Que maravilha! A oração começa com a percepção desse fato notável, extraordinário, comovente. Quando oramos estamos na presença de um ser doce, amável, descomplicado, paciente e bom. Um Deus cujo amor é justamente aquele que um pai sente por um filho… só que elevado ao infinito.

Não comece sua oração com seus problemas. Antes de apresentá-los, medite. Procure trazer à sua memória quem é esse diante de quem você se prostra. Faça das suas primeiras palavras expressões de adoração por estar na presença daquele que se revelou a você e mim como mais do que Todo-Poderoso. Ele se revelou a você e a mim como Pai. O cristão não se relaciona com Deus. O cristão se relaciona com o Pai, Deus infinito em seu ser e atributos. Pai é o nome cristão para Deus, conforme ressalta o teólogo inglês John Stott.

Há três pessoas, contudo, que não permito que me chamem de “Antônio”. Pedro, Matheus e Alyssa. Meus três filhos.

Se você já se reconciliou com Deus através de Cristo, lembre-se que você foi tornado filho, para viver na amorosa comunhão com o Deus que tem como música ouvi-lo chamar de “Pai”.

Assim ele gosta de ser visto. Desse modo ele ama ser chamado.

Fonte: http://goo.gl/lZG5Ee

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