Água teria baixos índices de radioatividade, diz operada da central atômica. Usina enfrenta crise nuclear desde que foi atingida por terremoto e tsunami.

A Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela operação da usina nuclear de Fukushima, informou nesta terça-feira (17) que despejou no mar 1.130 toneladas de água com baixos índices de radioatividade, diante do temor de que as fortes chuvas provocadas pela passagem do tufão “Man-yi” aumentasse o acúmulo de líquido altametne contaminada na central atômica.
A Tepco despejou no Oceano Pacífico cerca de 8,85 milhões de becquerels de água da chuva contaminada, que se acumulou ao redor dos tanques de armazenamento da usina, informou a operadora.

Segundo a empresa, a água, que contém substâncias como o estrôncio, tem índices radioativos de 24 becquerels por litro, inferiores ao limite permitido, 30.

Os técnicos de Fukushima tomaram a decisão de despejar a água devido ao temor de que a passagem do tufão aumentasse consideravelmente seu volume e agravasse a situação dos taques com água contaminada com radioatividade na usina.

O tufão, que passou na segunda-feira (16) pelo Japão, gerou fortes chuvas e ventos de mais de 160 km/h, segundo a agência meteorológica japonesa, deixando até o momento três mortos, cinco desaparecidos, 500 mil residentes esvaziadas e 140 feridos.
A água despejada pela Tepco pela chegada do tufão estava acumulada entre as cisternas e barreiras construídas precisamente para evitar possíveis vazamentos.
No total, a Tepco conta com cerca de mil tanques de armazenamento na central, onde deposita a água utilizada para esfriar os reatores.
Atualmente, o principal problema de Fukushima é a acumulação de líquido nos porões da usina devido ao vazamento de água dos lençóis freáticos que estão sob a usina.
Acredita-se que, devido a essa acumulação, 300 toneladas diárias são jogadas no Pacífico.
O governo japonês anunciou que na próxima quinta-feira (19) o primeiro-ministro, Shinzo Abe, visitará a central para avaliar os progressos na usina e analisar medidas para reduzir os vazamentos no mar.

Segundo a agência France Presse, a imprensa japonesa critica a Tepco por não medir o nível de outros elementos radioativos, como o césio 134 ou o césio 137. “Não consideramos necessário medir o nível de césio radioativo porque a água armazenada nos tanques tem pouco césio deste tipo”, explicou o porta-voz da Tepco, Masayuki Ono.

Fonte: g1.com

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