Cerca de 5 milhões de cristãos nigerianos foram às ruas de todo o país em protesto contra o aumento da violência, perseguição, sequestros e assassinatos produzidos pelos grupos terroristas locais: o Boko Haram e o Fulani.

A marcha central ocorreu em Lagos e foi liderada por Enoch Adeboye, o superintendente geral da Igreja Cristã Redimida de Deus (RCCG).

Marchando por cinco quilômetros e seguido por uma multidão, Adeboye podia ser visto segurando um cartaz que dizia: “Todas as almas são preciosas para Deus”.

Cristãos no estado de Kwara participam das marchas de domingo patrocinadas pela Associação Cristã da Nigéria. (Foto: Reprodução / CAN).

Antes da marcha, o RCCG havia participado de um jejum de três dias organizado pela Associação Cristã da Nigéria (CAN) em resposta a um aumento nos ataques contra a comunidade cristã nas mãos de grupos terroristas islâmicos.

A marcha de Lagos foi uma das várias realizadas em 28 dos 36 estados da Nigéria. A CAN estimou que um total de cerca de 5 milhões de pessoas compareceram às manifestações.

“Embora já tenhamos protestado antes, esse evento assumiu uma nova dimensão”, disse o presidente da CAN, Samson Ayokunle, ao Christianity Today.

“Com uma voz, dissemos ‘não’ a ​​assassinatos, ‘não’ à ​​negligência de segurança e ‘não’ à perseguição de cristãos na Nigéria. É um alerta para o governo”, explicou.

Falta de ação do governo

O presidente Buhari tem enfrentado fortes críticas por sua falta de ação decisiva contra os vários grupos islâmicos que vêm causando estragos contra a comunidade cristã nos últimos anos.

“Senhor, tenha misericórdia da Nigéria, que haja paz e segurança”, Adeboye orou durante o grande evento. “Deus vê todas as coisas e sabe onde os terroristas estão se escondendo”.

“Oramos para que Deus envie sua luz à Nigéria e exponha os malfeitores do país”, pediu.

Cristãos oram nas ruas contra a violência na Nigéria. (Foto: Reprodução/UGCN)

Houve vários ataques recentes que despertaram interesse da mídia em larga escala na situação dos cristãos na Nigéria. No mês passado, o pastor Lawan Andimi foi decapitado pelos combatentes do Boko Haram logo após ser visto em um vídeo de reféns no qual ele declarou que havia renunciado a seu destino à “vontade de Deus”. Foi amplamente divulgado que os terroristas executaram Andimi porque ele se recusou a renunciar sua fé em Cristo.

Ataques terroristas, cometidos principalmente por grupos como pastores do Boko Haram e do islamita Fulani, resultaram na morte de mais de 100 pessoas somente em janeiro.

Em dezembro, o Fundo de Ajuda Humanitária (HART), liderado pela Baronesa Cox, divulgou um relatório estimando que cerca de 1.000 cristãos nigerianos foram mortos ao longo de 2019.

A marcha tomou as ruas de diversos estados nigerianos.

COM INFORMAÇÕES DO PREMIER

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