Somente este mês já foram registrados pelo Centro de Zoonozes de Goiânia seis casos de crianças mordidas por macacos em parques da capital. Os costumes destes animais, principalmente alimentares se asssemelham aos nossos, porém a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) recomenda que pais não deixem suas crianças terem aproximação dos animais e tampouco alimentá-los.

Essa prática faz com que os animais mudem o comportamento, podendo morder, e provocar uma incidência grande de doenças que são causadas por contato com esses animais.

“Caso ocorra a mordida, o animal pode transmitir várias doenças, como a herpes, que, quando transmitida ao homem, pode ser fatal, desencadeando meningite. Outra doença perigosa é a raiva, que é incurável. Já a febre amarela, que é transmitida por vetores (mosquitos), pode ser prevenida por vacina”, explica a gerente de Proteção e Manejo da Fauna Silvestre da Amma, Marize Moreira.

Informações obtidas do Centro de Zoonozes mostram que já foram registrados 2.300 casos de pessoas que foram vitimas de acidentes com animais silvestres em Goiânia, e do total 26 casos foram com macacos, sendo seis deles somente no Parque Areião no mês de julho.

Devido aos riscos, a população não deve manter contato com esses animais nas unidades de conservação. “Pedimos para as pessoas que não alimentem e não permitam que seus filhos se aproximem de animais, pois, se ocorrer um incidente, eles terão de se submeter a um tratamento antirrábico, que é muito doloroso para a criança. Esse perigo existe para qualquer pessoa e vejo com muita frequência mulheres grávidas, crianças e idosos em contato com os macacos”, reforça a gerente da Amma.

Existem nos parques várias medidas para a proteção da população, como enumera a gerente. “A plataforma de alimentação, em que são distribuídos alimentos nas sextas-feiras para os macacos, tem como finalidade fazer com que eles voltem para a mata e se desinteressem pelas ofertas de alimentos dos humanos; a coleta de sangue para o monitoramento dos animais com relação a doenças e a vasectomia nos machos que será uma estratégia para controle da reprodução, fazendo com que eles movimentem menos e assim evite o contato com as pessoas”, diz.

Os parques da capital que abrigam macacos são o Areião, com um quantitativo de aproximadamente 40 animais, o Bosque das Laranjeiras, com 30, e o Jardim Botânico, com 70 macacos. Marize diz que os macacos são onívoros, ou seja, se alimentam de todos os tipos de alimentos, desde vegetais, frutas e até carnes de outros animais. “As pessoas não precisam temer quanto à sobrevivência desses animais nas unidades de conservação, pois eles possuem uma extensa fonte alimentar na natureza e são monitorados”, conclui.

Fonte: pop

Deixe seu Comentário

All fields marked with an asterisk (*) are required