Sara Tavares cantava soul music, com trejeitos bem norte-americanos, quando venceu o concurso “Chuva de Estrelas”, uma espécie de The Voice, exibido em Portugal em 1994. Entoava One Moment in Time, de Whitney Houston.

Em seguida, também ganhou o Festival da Canção, e foi a representante de Portugal no Eurovision, que tem repercussão em todo o continente. De lá para cá, muita coisa mudou na vida – e na voz – de Sara.Estrela nacional, ela resolveu deixar de lado o gospel e rhythm’n blues para abraçar a música de Cabo Verde, de onde vieram seus pais.

Com violão em punho, ela apresentou à BBC a canção Queda Livre, uma boa metáfora da viagem musical desta cantora, que desafiou as próprias preferências e, sem paraquedas, saltou em sua cultura ancestral. “A música é a maneira mais barata de viajar o mais longínquo possível”, diz.

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“Quando comecei a aparecer na TV, muitos cabo-verdianos me abraçaram. E me convidaram para ir a Cabo Verde. Lá, me transmitiram de tudo um pouco, a história, a literatura, histórias, poemas, grandes cantores. E eu fui absorvendo, porque, sendo filha de pais estrangeiros aqui, sempre me senti um pouco deslocada.”

Devidamente abraçada e influenciada por suas origens, Sara é cada vez, simplesmente, ela mesma.”Achei que isso era interessante porque representava também toda uma comunidade de jovens de segunda geração de africanos nascidos em Portugal que se sentiam fragilmente representados.”

Fonte: BBC

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