Antônio Alves lutou pela vida de seu filho, que foi diagnosticado com câncer no cérebro. Sua experiência fez com que ele se importasse com outras pessoas que passam pela mesma situação. Hoje ele colabora no fornecimento de medicamentos que são muito caros e mostra como os responsáveis podem recorrer à justiça para conseguir os remédios para o tratamento.

Na época em que seu filho estava doente, ele diz que o medicamento custava 280 mil reais, um valor impossível para ele. Nesse processo, Alves e seu filho se comoveram com a situação das pessoas que ficavam ao entorno dos hospitais de Belo Horizonte (MG), e criaram a Associação dos Amigos e Usuários de Medicamentos Excepcionais (Assaumex).

“Em dezembro de 2010, meu filho sentiu uma forte dor de cabeça. Ele foi levado para o hospital e diagnosticado com câncer no cérebro. Eu entrei em desespero, primeiro por saber que ele estava doente e depois por saber que não existia remédio. Os médicos disseram que os medicamentos eram muito caros e que ele tinha dois meses de vida”, conta.

“Foi um choque muito grande, nós fomos atrás dos nossos direitos para recorrer e conseguimos. Naquele período a caixinha com cinco comprimidos custava 3.900 reais. Durante 42 dias ele tomou o remédio e isso ficou mais ou menos em 72 mil reais. Junto com a radioterapia e quimioterapia isso deu cerca de 280 mil reais. Eu não tinha como comprar, mas nós corremos atrás e Deus ajudou”, ressalta.

Ajudando outras pessoas

“A gente levava ele para o Hospital das Clínicas e ele via as pessoas em volta da Santa Casa, que vem do interior sem ter local para ficar. Então ele me pediu para ajudar aquelas pessoas e nós montamos a Assaumex”, lembrou. O filho de Antônio viveu por mais algum tempo e chegou a se casar, mas faleceu.

“Isso me deu mais força para ajudar as pessoas. Eu só sinto saudades, não sinto tristeza porque é exatamente por causa disso que eu estou aqui, ajudando outras pessoas. A Assaumex surgiu por causa da dificuldade que eu tive com o meu filho. Daí nós começamos a trabalhar em cima disso. Hoje nós orientamos as pessoas e levamos esse trabalho para dentro dos hospitais públicos”, informa.

“Hoje eu tenho uma casa de apoio para 18 pessoas, que é onde eu fico. E tem outra para 20 pessoas. A estrutura que a gente tem hoje é de doação das pessoas. A maior ajuda que nós fornecemos hoje é mostrar para as pessoas como elas podem conseguir o remédio. Nós temos dois Advogados. 90% das ações que a gente entra, a gente ganha. E quando a pessoa recebe medicamento, ela devolve em caso de exceder, para nós repassarmos a outras pessoas”, colocou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REDE SUPER

Deixe seu Comentário

All fields marked with an asterisk (*) are required