A Orquestra Juvenil da Bahia, dirigida por Ricardo Castro, será o ponto forte do Young Euro Classic, o festival de jovens orquestras que começa nesta sexta-feira em Berlim e que este ano estendeu sua programação, tradicionalmente focada na Europa, a outros continentes.

“A América do Sul em geral e seu esforço de integração social dos jovens menos privilegiados através da música são nosso eixo central nesta edição”, afirmou nesta quarta-feira Gabriele Minz, diretora do festival, na apresentação do programa.
 
Na sexta-feira, a orquestra fundada por Castro será a encarregada da abertura do evento, que chega a sua 12ª edição, com Maria João Pires ao piano e um programa que terá início com Liszt e Chopin para passar depois a Wellington Gomes, Silvestre Revueltas e Villa-Lobos.
 
“Combinaremos os clássicos europeus com nossa música, para provar que o Brasil se encaixa em um festival chamado Young Euro Classic”, explicou Castro, pianista e fundador de uma orquestra que, admite, nasceu sob inspiração do Sistema Nacional de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, de José Antonio Abreu.
 
“A ideia da minha orquestra surgiu por conta de um encontro com Abreu, em 2005. Aí entendi a transcendência do que estavam fazendo na Venezuela e decidi aplicar a proposta, em menor escala, na Bahia”, prosseguiu.
 
O modelo venezuelano tem o objetivo de “abrir perspectivas a jovens talentos que, por sua origem e condição social, teoricamente estariam excluídos do âmbito da música clássica”, acrescentou.
 
Ao longo dos 17 dias de festival, o Young Euro Classic apresentará ao público berlinense tanto a experiência do diretor brasileiro como a da Orquestra Sinfônica Juvenil Batuta Bogotá, dirigida por Juan Felipe Molaco, outro projeto similar ao de Abreu.
 
“Em toda a América Latina, temos agora muito bons expoentes de projetos integradores como os nossos, seja na Colômbia, na Venezuela ou no Brasil”, explicou Castro.
 
Esta é a primeira vez que o festival berlinense, cujos concertos são realizados no Konzerthaus da Gendarmenmarkt, receberá músicos de outros continentes.
 
Ao lado de orquestras europeias, haverá ainda apresentações da coreana Kosym Youth Orchestra, a neozelandesa Auckland Youth Symphony Orchestra, assim como a International Regions Symphony Orchestra, que integra jovens músicos africanos.
 
fonte: uol

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