O recente movimento de desaceleração de compras a prazo é saudável para o Brasil e faz com que o crédito entre em conformidade com a realidade do País, apontam especialistas. Embora os números mostrem que o ímpeto do consumidor brasileiro pelo crédito tenha diminuído, o fenômeno fará apenas com que o ritmo de crescimento seja menor que o previsto, já que a expansão acontecerá.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acredita que o número total de operações de crédito para pessoas físicas cresça 15,4% neste ano. O número é menor que estimativas do começo do ano, que apontavam alta de cerca de 16%. Em 2010, o total de aquisições de verbas subiu 18,8%.

“O crédito vem caindo gradualmente, se você olhar as estatísticas de crédito do consumidor. Nós temos um aperto na atividade econômica”, disse Carlos Henrique Almeida, economista da Serasa, citando as medidas do governo para restringir a tomada de crédito e, assim, o aumento da inflação.

“O consumidor está colocando o pé no freio. Ele está usando o (crédito) rotativo do cartão e percebendo quanto paga de juros”, disse Almeida.

O movimento de desaceleração também é sentido pelo comércio, mas, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), não assusta. “A expectativas de alta nas vendas pra esse ano era alguma coisa entre 6% e 7%. Até agosto, o (crescimento) acumulado de bens duráveis estava em 6,12% e de não duráveis em 6,4%. Com o movimento de desaceleração, devemos fechar em algo entre 5% e 6%”, disse Emílio Alfieri, economista da ACSP.

fonte: jornal do brasil

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