O atacante Bruno Henrique tornou-se um dos destaques do Flamengo no Campeonato Brasileiro e foi convocado pela primeira vez para a Seleção. Para ele, a razão da melhor fase de sua carreira é a sua fé.

Evangélico, Bruno contou seu testemunho para cerca de 400 pessoas na noite de segunda-feira (7) no “Craques da Paz”, evento beneficente na Igreja do Recreio, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Em bate-papo com o pastor e ex-jogador Ricardo Pinudo, o atacante falou sobre as dificuldades da carreira e a importância do cristianismo em sua trajetória, marcada por passagens no Cruzeiro, Uberlândia, Itumbiara, Goiás e Wolfsburg, da Alemanha.

“Sei da importância que é estar no caminho de Deus, minha família é toda da igreja. Vou contar um testemunho do que aconteceu comigo em 2017 no Santos. Estava no auge, cotado para Seleção, para times grandes da Europa… E no primeiro jogo do Paulista me machuquei. Tive uma lesão na vista que me deixou afastado por sete meses. Fiquei pensando: por que tinha acontecido isso comigo? A gente não deve justificar com Deus quando as coisas acontecem. Hoje entendi o por que”, disse o jogador.

“Fizeram ‘macumbaria’ para não chegar no meu sucesso. Deus falou para ter paciência, que o melhor estava por vir. E hoje eu posso contar que o melhor aconteceu na minha vida: ter sido chamado para a Seleção e jogando no melhor time do mundo. Não conquistei nada ainda, mas se Deus quiser vai ser coroado com chave de ouro esse ano”, acrescentou.


Bruno Henrique contou seu testemunho em uma igreja do Rio. (Foto: Érica Matos/Igreja do Recreio)

Assim como muitos jogadores, Bruno Henrique teve uma infância humilde em Belo Horizonte, quando jogava no Campeonato Mineiro.

“Passei várias dificuldades. Todos os jogadores tinham moradia, só eu e mais um amigo morávamos no alojamento. Tinha dia que o time ia viajar e a gente não tinha o que comer às vezes. O dinheirinho que a gente ganhava guardava para comprar um biscoito, um suco…”, lembrou.

Bruno conta que por muito pouco não abandonou o sonho de se tornar jogador profissional em 2014. Porém, um convite de seu antigo treinador no Uberlândia e o incentivo da falecida avó, Dona Léa, renovou seu ânimo para buscar o sucesso atual.

O projeto “Craques da Paz” foi criado em 2015 e realiza fóruns de debates, visitas aos clubes, palestras, jogos beneficentes, e eventos de ordem filantrópica para promover a paz através do futebol.

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