Alguns estudos científicos que utilizam a mais recente tecnologia na área da genética estão tentando chegar até o primeiro homem a pisar a Terra, o Adão bíblico.

Estudos na área da filogenética, coordenados por Eran Elhaik, da Universidade de Sheffield, Inglaterra, tem algumas pistas: “Podemos dizer com alguma certeza que os humanos modernos surgiram na África pouco mais de 200 mil anos atrás”.

Esse dado contradiz as pesquisas do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva, da Universidade do Arizona, EUA. Para o grupo do professor Michael Hammer, a data mais aproximada é cerca de 338 mil anos atrás.

Elhaik publicou um artigo na edição de janeiro deste ano do European Journal of Human Genetics, onde reascende o debate sobre a origem do homem como nós o conhecemos (que para os evolucionistas é um homo sapiens).

Eran Elhaik
Eran Elhaik

Em meio a este debate entre ingleses e americanos, o doutor Werner Arber, presidente da Pontifícia Academia de Ciências (PAC) do Vaticano e ganhador de um Prêmio Nobel de Fisiologia, também se pronunciou.

Para ele, “Identificar o primeiro cromossomo Y da genética desse “Adão” não significaria que os cientistas possam revelar a figura bíblica de Adão”. Ou seja, está descartada a possibilidade de se fazer uma árvore genealógica que remonte até o casal original.

Arber acredita que não pode haver confusão entre aspectos da religião e da ciência. “Tais investigações científicas não poderiam identificar Adão e Eva, nem sequenciar seu genoma. Portanto, continua sendo uma questão de crença religiosa.”

Para a Pontifícia Academia de Ciências “está na hora de se aposentar esta metáfora bíblica, pois ela gera confusão”, explica Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da PAC. “A linguagem científica contemporânea não é a linguagem da Bíblia”.

John Collins, cientista e professor do Antigo Testamento, declarou ao Christian Post que o que atrapalha a crença absoluta em Adão e Eva é o conflito cultural envolvendo os diferentes relatos sobre a origem do mundo das outras religiões. Além disso, os avanços na biologia parecem afastar ainda mais a ideia de que apenas um casal foi determinante para toda a evolução do mundo.

Fonte: Gospel Prime / Com informações Fox News e Christian Post.

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