A semana foi tensa para a presidente Dilma Rousseff. Enquanto denúncias de corrupção no Ministério da Agricultura pipocavam na imprensa, o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, arrumava as malas depois de declarações desastradas que tiraram o humor da presidente, mas não abalaram sua imagem diante da população. Antes mesmo que uma pesquisa Datafolha divulgada na tarde de sábado (6) mostrasse que a aprovação ao governo Dilma permanece alta, a presidente aparava as arestas para deixar no passado o mal estar causado pelos últimos episódios.

A atuação de Dilma começou na sexta-feira (5) à noite, quando ela se reuniu no Palácio da Alvorada com os comandantes das três Forças Armadas para dizer que a escolha do ex-chanceler Celso Amorim para substituir Jobim na Defesa não seria motivo de preocupações.

Para um militar que não quis se identificar, a substituição “é quase como nomear o flamenguista Márcio Braga para o cargo de presidente do Fluminense ou do Vasco, ou vascaíno Roberto Dinamite para presidente do Flamengo”.

No sábado (6) à tarde, Dilma foi ao encontro do próprio Amorim, no Palácio do Alvorada, com quem conversou por quase três horas antes que o futuro ministro (ele tomará posse na segunda-feira, 8) se reunisse com os militares. Segundo a assessoria do Ministério da Defesa, na conversa com a presidente, Amorim recebeu as primeiras orientações sobre a condução da pasta.

Do Alvorada, Amorim seguiu direto para o Palácio do Planalto, onde recebeu os comandantes do Exército. A assessoria informou que o novo ministro prometeu se empenhar para executar as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em 2008, e disse que não vai “reinventar a roda”. Ainda de acordo com a assessoria, Amorim ficou bastante satisfeito e considerou a conversa positiva. 

Foi entre uma reunião e outra que o secretário-executivo do Ministério Agricultura, Milton Ortolan, entregou o cargo após reportagem publicada neste fim de semana pela revista Veja afirmar que ele negociava propina dentro do ministério.

Em seguida, o próprio ministro da pasta, Wagner Rossi, divulgou uma nota oficial negando envolvimento com Júlio Cesar Fróes, que segundo a revista era um lobista que analisava processos de licitação para a pasta ao mesmo tempo em que defendia os interesses de empresas que concorriam a essas mesmas licitações.

fonte: r7

Deixe seu Comentário

All fields marked with an asterisk (*) are required