O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta quarta-feira (3) o regime sírio pela violenta repressão que o governo de Damasco tem exercido contra a população civil do país desde o início de protestos e pediu um fim imediato de toda a violência.

Os membros do Conselho expressaram uma condenação às “violações generalizadas aos direitos humanos e ao uso da força contra civis por parte das autoridades sírias”, diz o texto aprovado. O Líbano, entretanto, apesar de fazer parte do Conselho de Segurança, se afastou da declaração final apoiada pelos outros 14 membros do grupo.

Os embaixadores que integram o Conselho de Segurança da ONU chegaram a um consenso nesta quarta-feira (3) sobre um texto de condenação ao governo da Síriapela violenta repressão contra os opositores. A condenação do Conselho de Segurança pode ser um primeiro passo para que sejam impostas sanções contra o governo sírio.

Segundo a agência de notícias Reuters, a declaração foi “substancialmente aceita” pelo conselho.

O documento pede que Damasco cumpra com suas obrigações de acordo com a lei internacional. O texto também “pede pelo fim imediato a toda forma de violência e que todos os lados ajam com o máximo de moderação e se abstenham de represálias, incluindo ataques contra instituições do Estado.”

Essa frase foi um aceno à Rússia e a outros países que pediram por uma declaração equilibrada que atribuiria culpa a ambos os lados pela violência em meio ao levante que já dura cinco meses contra o presidente Bashar al-Assad.

Não-alinhados
Uma resolução do Conselho de Segurança sobre a Síria redigida por países do Leste Europeu esteve durante dois meses na mesa do conselho, mas enfrentou oposição da Rússia, da China e de diversos países não-alinhados.

Os europeus retomaram o documento esta semana, após a violência do fim de semana na cidade síria de Hama, no qual mais de 80 pessoas morreram.

O Brasil, que é integrante do Conselho de Segurança, emitiu nota na segunda-feira condenando a ação síria contra os manifestantes em Hama.

A Rússia e seus simpatizantes acabaram concordando com uma ação do conselho, mas insistiram que a medida seja apenas uma declaração, que é mais fraca do que uma resolução, afirmaram diplomatas.

fonte: g1

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